O presidente do Amarante, Ricardo Ribeiro, considera como um "grande prémio" a visita ao Estádio José Alvalade, para defrontar o Sporting, na abertura da quarta eliminatória da Taça de Portugal.

Ao 'leme' do clube da Liga 3 desde 2023, o dirigente estima a presença de mais de 1.200 adeptos e simpatizantes amarantinos em Lisboa, na sexta-feira, e realça que o "jogo muito especial", em perspetiva, constitui um prémio por si só, quando questionado sobre uma eventual compensação financeira aos jogadores e equipa técnica em caso de qualificação para a ronda seguinte.

"Penso que o grande prémio deles vai ser essa 'montra', de jogar num estádio com 40.000 adeptos e transmissão [televisiva] num canal público. O maior prémio é esse, e bem o merecem. Da parte da direção, temos sabido recompensá-los sempre na hora certa pelos feitos e até quando as coisas correm menos bem", disse aos jornalistas.

Convencido de que o Amarante poderia ter apoio em maior número se a partida se realizasse a um fim de semana, Ricardo Ribeiro admite que jogar para a 'prova rainha' no estádio de um dos denominados 'grandes' vale uma receita superior à que teria na condição de anfitrião, mesmo que, para os adeptos, fosse mais "especial jogar em casa".

Prestes a encontrar os leões pela segunda vez, depois de na época 1979/80 ter empatado em Amarante (1-1) e perdido no desempate, em Lisboa, por 5-0, em desafios da terceira eliminatória, o clube do distrito do Porto vai viver "um dos jogos mais importantes" da sua história, reconhece o dirigente.

O presidente lembra, todavia, que o emblema fundado em 1923 já está habituado a viver momentos importantes, como o do título do Campeonato de Portugal na época 2023/24, e vinca que a prioridade para a temporada em curso é a Série A da Liga 3, prova na qual os alvinegros ocupam o segundo lugar.

"Temos andado nos lugares cimeiros, fruto do trabalho e mérito da nossa estrutura, dos nossos jogadores e da nossa equipa técnica. Este jogo da Taça de Portugal tem de ser encarado como um prémio, como um jogo especial, mas apenas isso. O foco principal é o jogo a seguir, para a Liga 3. É fundamental para o que aspiramos para esta época", frisa.

Embora seja difícil projetar um "grande crescimento" para um clube detido pelos seus associados, sem vinculação a uma SAD ou a uma SDUQ, o responsável salienta que os êxitos recentes do Amarante se devem a uma estrutura que nem sempre se vê, mas que "muito trabalha" para que "não falte nada".

Presidente desde julho de 2023, Ricardo Ribeiro tem mais seis meses de mandato para cumprir na presidência e assume que a principal carência do clube reside nas infraestruturas para treino, contíguas ao Estádio Municipal.

"Com a subida à Liga 3, temos de poupar muito mais o nosso relvado. Treinamos num [relvado] sintético limitadíssimo em relação àquela que deveria ser a sua duração válida. A nível de infraestruturas, estamos limitadíssimos", afirma.

Depois de eliminar Fafe (4-1), Eléctrico (2-0) e Lajense (6-1), o Amarante defronta o Sporting, vencedor de 17 edições da Taça de Portugal, a partir das 20H45 de sexta-feira.