Após, na 1.ª parte, ter andado, quase sempre a tentar a anular a desvantagem, que chegou a ser de 8 (40-32) e ao intervalo ainda se mantinha em 48-41, no regresso dos balneários o Sporting acelerou, retirou espaços na defesa, tornou-se objetivo e assertivo, transformando o puma que até então estivera em campo num leão que garantiu a vitória por 77-86 (22-19, 26-22, 7-26, 22-19) e acabou com a invencibilidade dos donos da casa à 5.ª jornada da Liga Belcic.

Ainda com a 2.ª ronda em atraso para todos, depois do desaire de ontem da Oliveirense na Dragão Arena ante o FC Porto (98-95), o Benfica, que foi ganhar a Esgueira (85-83), é agora a única formação ainda imbatível do campeonato e naturalmente assume a liderança que pertencia aos de Oliveira de Azeméis, só que agora isolado.

Ao longo do 1.º tempo o conjunto de Ovar apoiou-se num basquete versátil, capaz de se adaptar a quem contava em campo e tinha pela frente. Fez a diferença com o aproveitamento para lá dos 6,75m (8/19), assim como da linha de lance livre (8/8), enquanto em lançamentos de 2 conseguia uns razoáveis 50% (13/25).

Números suficientes para um adversário que registava 24 dos seus pontos dentro da área, 18 em contra-ataque, mas falhara 8 de 19 triplos.   

O que mudou no descanso. Tudo! Com 5 pontos seguidos, Diogo Ventura (15 pts. 10 res) deu o mote e liderou um ataque onde Jeremiah Bailey (14 res/5 ofe, 3 ass, 6 rbl) e o colosso Nicholas Ward (17 pts, 6 res, 3 dsl) fizeram a diferença. O primeiro, com um basquetebol multifacetado que lhe permitiu assinar 10 dos seus 20 pontos no período. O segundo, utilizou o peso e altura (111 kg/2,03m) para se impor junto da tabela, onde, sem ajudas defensivas, foi difícil trava-lo, e ajudar a desequilibrar a luta pelos ressaltos (33-51). Quem diria que o intervalo ela estava em 18-20.     

Em apenas 4 minutos o Sporting anulou a desvantagem com um parcial de 3-11 (51-52). Três minutos mais tarde comandava por 53-59 e quando acabou o quarto, o fosso no placard chegava a 12 (55-67), permitindo apenas três(!) lançamentos de campo aos anfitriões (7-26). Todos de Ivan Pavicevic (21 pts, 6 res). Enquanto descansou no banco, a Ovarense não marcou e intimidou-se ainda mais com o agigantamento dos de Alvalade.

Na realidade, a diferença final só não foi maior porque, depois de se atingido o máximo de 19 (59-78), os sportinguistas tiraram o pé do acelerador e Luís Magalhães, que mantivera o cinco na reviravolta, realizou algumas substituições, às quais os visitados aproveitaram para diminuir o peso da derrota com uma sequência de 13-2 (77-84) e cestos de Delaney Blaylock (16 pts, 3 res, 3 ass) e Lual Rahama (13 pts, 5 res).