Na última sexta-feira, a Internet apaixonou-se por Claudia Mancinelli. A maior parte dos telespectadores do concurso olímpico de ginástica rítmica foi surpreendida pela treinadora italiana, quando esta se deslocou até à mesa dos juízes para formalizar um protesto, com cara de poucos amigos.

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O rosto fechado desvaneceu-se quando apoiou a sua ginasta Sofia Raffaeli, com quem festejou a medalha de bronze. Foi a primeira medalha individual na modalidade para o país. O mundo do desporto estava definitivamente apaixonado.

É conhecida pelo seu estilo apaixonado no treino e pela dedicação extrema às suas atletas.

Antiga atleta, Mancinelli é também atriz. Aos 39 anos, participou nos filmes Unique Brothers (2014), The Tourist (2010), e Nine (2009).

Claudia Mancinelli nasceu e cresceu na cidade de Fabriano, na pitoresca região de Marche. Educada numa família com forte interesse pelo desporto e atividade física, desenvolveu cedo um forte interesse pela ginástica.

Começou na ginástica rítmica, pela qual desenvolveu uma verdadeira paixão, tendo participado em várias competições nacionais e regionais.

Após se retirar, tornou-se naturalmente treinadora, primeiro na academia onde trabalhara como atleta. A sua filosofia assenta na importância da disciplina, criatividade e ligação emocional com as ginastas, que se estende sempre ao lado mais pessoal. Essa capacidade para criar confiança e encorajar deu-lhe uma grande reputação no meio.

A federação entregou-lhe o comando da equipa nacional italiana no início de 2023, tendo substituído a muito respeitada Julieta Cantaluppi, que tinha sido fundamental para o crescimento das melhores ginastas transalpinas, incluindo Sofia Raffaeli e Milena Baldassarri.

Com Mancinelli ao leme, a equipa sofreu uma grande transformação. Trabalhou de perto com Raffaeli e Baldassarri, estabelecendo programas específicos focados nas suas forças e fraquezas, sublinhando ainda a importância da preparação mental, ao encorajar as ginastas a visualizar as suas rotinas e a ganhar confiança nas suas valências.

A camaradagem tornou-se fundamental em Paris 2024, com as italianas a ultrapassarem os seus próprios limites e a conquistarem medalhas.