Espanha tem a chance de conquistar o segundo ouro olímpico no futebol da sua história, depois de bater Marrocos (2-1) na meia-final do torneio, apesar de ter começado a perder e do apoio significativo que o adversário teve nas bacnadas.

À partida, Espanha tinha um onze com mais jogadores de créditos firmados, com Fermín López, Alejandro Baena, Eric García ou o ex-SC Braga Abel Ruiz à cabeça. Achraf Hakimi era a figura maior de Marrocos.

O primeiro momento de destaque do encontro surgiu aos 12’, quando Marc Pubill foi empurrado por um adversário e acabou por abalroar o árbitro do encontro, que saiu lesionado e foi substituído pelo 4.º árbitro.

Com a bola a rolar, Marrocos teve um estilo de jogo vertical, atacava com muitos homens que depois se movimentavam de forma constante, deixando a defesa espanhola em sentido. Quando a Espanha começa a impor-se em campo, Pablo Barrios acertou sem querer em Amir Richardson dentro da área. O VAR não teve dúvidas: penálti para Marrocos, que Soufiane Rahimi (37’) converteu com sucesso (seis golos marcados em cinco jogos em Paris 2024) e com polémica à mistura, uma vez que provocou o guarda-redes Arnau Tenas na celebração. Ainda assim, os milhares de marroquinos que pintavam o Stade Vélodrome de vermelho saltavam de alegria e acendiam engenho pirotécnicos.

Espanha teve de se recompor e aproveitou os 12 minutos de descontos na 1.ª parte para ficar a centímetros do empate. Depois de uma má saída do guardião Muni Mohamedi, Alejandro Baena só teve olhos para a baliza, rematou de primeira, mas a bola bateu no poste.

Na 2.ª parte, o tiki-taka espanhol adormeceu o suficiente a defesa marroquina para Fermín López (65’) encontrar uma nesga de espaço dentro da área, onde ganhou a bola e atirou colocado para o fundo das redes.

Marrocos até respondeu bem ao empate e voltou a ameaçar a baliza de Arnau Tenas. Acima de tudo, com a possibilidade crescente do prolongamento se materializar, as duas equipas queriam evitá-lo e foi a Espanha quem voltou a sorrir. Numa boa jogada de ataque, Juanlu Sánchez (85’) apareceu desmarcado na área e marcou o golo da remontada, ainda com a ajuda do poste.

Depois de ter pedido a final olímpica em Tóquio, há três anos, perante o Brasil, Espanha pode agora ultrapassar esse fracasso e repetir o feito de Barcelona 1992, onde conquistou a primeiro e última medalha de ouro no futebol nos Jogos Olímpicos.

Os espanhóis defrontarão o vencedor do jogo entre França e Egito, que ainda tem lugar esta segunda-feira.