É já esta quinta-feira que Portugal arranca mais uma edição da Liga das Nações, frente à Croácia, e o selecionador nacional masculino, Roberto Martínez, fez a antevisão da partida, esta quarta-feira, e abordou o jogo, falou de casos individuais, como Quenda e Pote e esclareceu a situação de Raphael Guerreiro.

Antevisão Croácia: «Estamos ansiosos de voltar ao campo. Vamos encontrar um Portugal cheio de energia, muita vontade e gostamos sempre de jogar no ataque. Temos um teste interessante, porque a Croácia gosta de ter a bola. Duas equipas que gostam de ter bola e praticar futebol de ataque. O nosso Portugal tem ambição. Estádio cheio. Os adeptos foram incríveis na Alemanha e queremos voltar a dar alegrias.»

Surpresas no onze: «Haverá surpresas. O formato da Liga das Nações mudou. Temos dois jogos e apenas 72 horas entre eles. Todos os jogadores são importantes. Estão preparados. Os jogadores novos mostraram uma personalidade incrível, assim como atitude. Foi uma experiência muito agradável. Vou anunciar o onze inicial amanhã.»

Quenda: «Nós selecionadores dizemos sempre que a idade não é critério e o Quenda é exemplo. Mostrou personalidade, qualidade, capacidade de adaptação incríveis. Gosta de desequilibrar e tem qualidade técnica, mas é uma qualidade que não é normal aos 17 anos. Fez um Europeu com os Sub-17 muito bom, entra na equipa principal do Sporting e agora mostrou que está pronto para a seleção. São boas notícias para o futebol português.»

Qualidade de jogo de Portugal: «Queremos ganhar sempre. Isso é importante. Nos grandes torneios temos os melhores jogadores do Mundo, então os jogos definem-se em detalhes. Antes do Euro, disse que tinha 6/7 seleções, da qual fazemos parte, que podem ganhar, mas há os detalhes. Mostrámos personalidade, tivemos um controlo de jogo muito bom contra a França, crescemos muito durante o torneio. Podemos todos concordar que o melhor jogo foi o 5º e o grupo estava pronto para mais dois. Agora, precisamos de melhorar. As críticas fazem parte, mas a exigência é máxima, especialmente cá dentro.»

Pote: «Merece estar na seleção. Sabe que há muita competitividade e muitos jogadores que pisam os mesmos terrenos. Gostei muito da sua atitude, treinou muito bem e faz parte de estar neste balneário. Mostrou que pode ajudar. Foi muito bom poder vê-lo chegar à seleção. O trabalho do selecionador é ter muita informação, ser honesto e tomar decisões. Tomo as decisões melhores para o futuro da seleção. Não tenho que pedir desculpas.»

Posição de Pote: «Para nós, é um jogador para jogar entre linhas. É um jogador inteligente, que pode executar o último passe, tem finalização. É um jogador para jogar por dentro. Temos jogadores para jogar por fora, como o Leão, Quenda, Nuno Mendes e Pedro Neto, que podem jogar no espaço exterior. O Pote tem a capacidade de jogar de costas, virar, com bom jogo de posição. É a posição que olhamos para ele.»

Juntar jogadores que jogam no mesmo clube: «Normalmente, o jogador é uma peça individual. Há jogadores que jogam numa estrutura, ideia e princípio de jogo diferente. Ter jogadores com ligações nos clubes não é prejudicial, mas não tem significado para nós.»

Situação de Raphael Guerreiro: «Foi um caso diferente. Ele precisa do período de seleções para trabalhar com o seu corpo e evitar os problemas físicos que teve antes do Euro. É uma conversa que tivemos e concordámos. Não é para este estágio, mas estará nos próximos. Precisa de utilizar este período para trabalhar no seu corpo.»