Rúben Amorim e o United: «No final do jogo do Estrela tudo ficará esclarecido»

Depois da vitória por 3-1 diante do Nacional, Rúben Amorim voltou a falar aos jornalistas, mas para antever o encontro diante do Estrela da Amadora, a contar para a décima jornada da Liga Portugal Betclic. Como seria de esperar, o tema principal acabou por ser a sua iminente saída para o Manchester United.

O técnico recusou comentar, numa primeira instância, todos os rumores, atirando os comentários desse assunto para o final do embate. «É natural falarem sobre isso. No final do jogo falaremos sobre isso e tudo ficará esclarecido. Está prometido. Neste momento, seria mais uma destabilização para todo o plantel (...) Fazer alguma coisa de diferente? Não controlei nada desta situação», começou por afirmar, antes de falar da relação com Frederico Varandas.

«Não há guerra nenhuma e não existe 'paz podre'. Não faz qualquer sentido, pois as nossas personalidades não são assim (...) Preparação da partida? Senti os jogadores diferentes na palestra. Podia ter dito que o ambiente estava bem e que ninguém lê notícias, mas sei que os atletas sentem ansiedade. Não existiu revolta nenhuma dentro do balneário. Eles conhecem-me muito bem (...) Os clubes estão a negociar», acrescentou.

«Exigências do Sporting? O presidente está a defender os direitos do clube e não me meto nisso, nunca o faria. Tal como já referi, tudo ficará esclarecido após o apito final contra o Estrela da Amadora. Somos adultos», argumentou Rúben Amorim.

Questionado sobre o que o tem deixado nervoso nas últimas horas, o treinador foi bastante direto. «A situação é muito difícil, pois eu não sei bem o que dizer neste tipo de situações. Tenho problemas de comunicação como qualquer treinador. Tudo o que está envolvido deixa-me nervoso, é difícil focar-me nos jogos, mas estou a conseguir aos poucos. A novela estará a acabar», comentou.

Para além disso, o técnico falou sobre a sua equipa técnica, depois de dizer (na conferência de imprensa após o duelo com o Nacional) que tinha um carinho especial por eles. «Temos muito boas condições cá. Há seis anos estávamos no Casa Pia e quase pagávamos para trabalhar. O staff envolve muita gente: fisioterapeutas, roupeiros... É difícil encontrar este tipo de ambiente», reiterou.

«João Pereira está preparado para outros voos»

Perante este cenário, o Sporting já trabalhar na sucessão e, por enquanto, o nome mais provável é o de João Pereira, que orienta a equipa B leonina - nove jogos realizados, três vitórias, quatro empates e duas derrotas na Liga 3.

«Claramente que está preparado para outros voos. Não só pelo João Pereira, mas pela equipa técnica, pela qualidade dos jogadores quando os chamo - o Quenda é a prova disso mesmo. O João Pereira esteve em grandes clubes, tem muita maturidade e personalidade», atirou.