Foi um Ruben Amorim emocionado, aquele que se apresentou na última flash como treinador do Sporting, em Braga. O técnico não teve problemas em assumir que este desfecho foi ainda melhor do que o que tinha imaginado.
«Foi melhor do que o que tinha imaginado. Preferia não ter sofrido os dois golos, mas a forma como acabou... era muito mais do que podia ter esperado. Uma semana que podia ter sido tão difícil, mas agora vou muito mais descansado. Estes jogadores são inacreditáveis. Não entramos bem, a jogar devagarinho e a deixar correr o tempo. Em duas transições sofremos dois golos que podamos ter evitado. Mas a segunda parte tornou tudo mais especial. Chega hoje o fim desta aventura, mas não podia ter pedido melhor do que este momento», disse à Sporttv.
Questionado sobre se este jogo foi uma espécie de metáfora aos seus cinco anos de Alvalade, o treinador não conteve as emoções.
«Em 90 minutos foi o contar de uma história de cinco anos que todos vivemos. Muito sofrimento, lutar até ao fim, lembro-me dos golos todos do Coates nos descontos, hoje foi o Harder. No fim do jogo merecemos a vitória. Nos últimos 20 minutos notou-se a maior frescura da nossa equipa e isso tem que ver com o jogo de quinta-feira», acrescentou.
Para fechar, o futuro treinador do Manchester United deixou garantias sobre si e sobre o clube que agora deixa e deixou uma revelação sobre Pote.
«Custou-me mais ver o Pote sair a chorar do que o final da partida. Eu sei que ele está um pouco chateado comigo, fez o esforço para jogar por ser o meu último jogo. Sei que ele fez esse esforço. Isso é que me custou bastante. Eles vão ter um grande treinador e se continuarem a ser humildes e a ajudar-se uns aos outros vão ter grandes feitos. Há mais incertezas sobre o meu futuro do que o futuro do Sporting. Basta que os jogadores continuem a ser humildes e o próximo treinador fará um grande trabalho».