Rúben Dias esteve na Web Summit para falar num painel demoninado 'Fazer a diferença, dentro e fora de camp', no qual abordou a possibilidade dos jogdores poderem avançar para a greve, devido à sobrecarga de jogos.

"Se tiver de ser, é importante estarmos todos juntos e fazê-lo todos juntos, como uma outra situação extrema. Se tivermos de levantar a voz e fazer greve, fá-lo-emos. Todos estamos focados no dia a dia agora, mas, a seu tempo, temos de pensar nisso", alertou o defesa do Man. City, que explicou como as coisas mudaram rapidamente: "Deveria haver um limite de jogos. Estamos a falar de performance e quando estamos a falar de performance é preciso ter a certeza que os jogadores estão seguros. Não me parece que estejam preocupados com os atletas. No passado, tínhamos um número de jogos normal. Agora estamos bem para lá disso. É cada vez mais desafiante. Nós gostamos de nos superar, mas os adeptos querem um bom espetáculo. Claro que querem muitos jogos, mas penso que os adeptos nos entendem. Temos de colocar os atletas no centro da questão, pois somos nós que jogamos. Percebemos a indústria, mas são os nossos corpos que estão em questão. Precisamos de descansar e respirar. Este ano não sabemos bem como vai ser, devido ao Mundial de Clubes".

Rúben Dias também abordou o futuro após terminar a carreira e admite que todas as "opções estão em aberto" desde que vá fazer algo em que acredite. "Posso vir a ser treinador, mas existem milhões de opções no futebol e fora do futebol, mas quero ter a certeza que estou pronto para todas", apontou o jogador que também diz apreciar "o mundo financeiro", algo com que se preocupa desde o início da carreira.

O jogador que explicou que gosta de usar a sua voz para causas sociais, como a luta contra o bullying, admite que ele próprio sabe lidar bem com a crítica: "Sou bom a ignorar. Tudo começa em casa, com o conforto e o amor que tenho. Esse é o meu escape. Depois, é importante acreditarmos no nosso propósito.. Em alturas de stress ou quando as pessoas te tentam mandar abaixo, é continuar a resistir e a ter bons desempenhos, para quebrar isso. Tem sido sempre dessa forma, mas não é fácil de lidar por vezes", admitiu o jogador, que também admite estar empenhado em causas ligadas à educação: "Estou preocupado com a falta de professores".