O início da tarde deste sábado ficou marcado pelo comunicado do Benfica enviado à CMVM sobre as «negociações com o treinador Roger Schmidt para a cessação do contrato de trabalho desportivo com efeitos imediatos». Rui Costa, presidente dos encarnados, deslocou-se à sala de imprensa do Seixal para justificar o sucedido e falou, ainda, da contestação dos adeptos benfiquistas.

Troca de treinador e o futuro: «Trabalho arduamente no Benfica e diariamente pelo bem do clube. Continuo a fazer isso, já a planear o futuro. Entendemos que era o momento certo para trocar de treinador, e o foco é esse. Quanto à possibilidade de conquistar títulos, tenho plena convicção nisso. É verdade que, quando se constrói um plantel, ele é muito moldado à imagem do treinador, mas não exclusivamente para o Roger Schmidt. O treinador que vier poderá confirmar que temos um plantel de ótima qualidade, preparado e pronto para ganhar, independentemente do treinador. Seguiremos essa linha de raciocínio, procurando um treinador com o mesmo perfil, sistema tático e que possa tirar o melhor da qualidade dos nossos jogadores. Tenho máxima convicção de que esta época não está perdida. Temos um handicap, mas está nas nossas mãos, e temos todo o tempo para dar a volta por cima. Não estou a pensar em eleições; o meu foco está no dia a dia do Benfica. Trabalho diariamente nisso. O meu objetivo agora é resolver o problema que se criou em termos de treinador e, nos próximos dias, anunciar um técnico que seja uma garantia para o futuro.»

Novo treinador: «Não temos bolas de cristal. Acreditámos na estabilidade e no que tínhamos alcançado juntos no primeiro ano. Pensámos que seria mais fácil repetir o sucesso do primeiro ano do que enfrentar os desafios do segundo. Procurámos entender o que correu menos bem na segunda temporada e tentámos recuperar o desempenho dos primeiros nove meses, quando todos estavam deslumbrados com a equipa e o treinador. Foi com base nisso que tomei a decisão. Não jogo no totobola à segunda-feira; tenho de pensar no que é melhor no momento. Naquele momento, parecia certo manter a continuidade; agora, o melhor é a separação e começar um novo ciclo com um novo treinador.»