O Santa Clara revelou, esta segunda-feira, estar à espera de resposta do Governo dos Açores para a concessão do Estádio de São Miguel e alertou para a possibilidade de jogar no continente.

Em comunicado aos órgãos do clube, a SAD dos açorianos afirmou ter recebido «uma proposta do Governo Regional no sentido de regular a concessão do Estádio de São Miguel», tendo feito uma contra-proposta que ainda não obteve retorno.

Um conflito entre a SAD do clube e o Governo Regional, e um não acordo entre ambas as partes, leva o clube a correr sérios riscos de ter de se deslocar ao continente para disputar os jogos na condição de visitado.

«A consequência terá impactos significativos, com a possível necessidade de deslocar os jogos da equipa profissional para o Continente», vincou o clube, em comunicado.

Recorde-se que o Santa Clara ocupa o quarto lugar do campeonato, com 12 pontos.

Fique com o comunicado na íntegra:

«A Santa Clara, Açores – Futebol, SAD vem por este meio esclarecer alguns factos relativos à última intervenção da Secretária Regional da Educação, Cultura e Desporto, Sofia Ribeiro.

A SAD recebeu, de facto, uma proposta do Governo Regional no sentido de regular a concessão do Estádio de São Miguel.

Considerando que os termos colocados pelo Governo Regional não atendem aos interesses de ambas as partes, a SAD respondeu oportunamente a essa mesma proposta, aguardando desde então por nova posição da secretaria regional.

A SAD considera fundamental – e aí o acordo é total – o investimento no futebol na Região Autónoma dos Açores e é isso mesmo que tem feito desde o dia em que a atual Administração assumiu funções.

Porém, é importante salientar que o esforço financeiro e esse mesmo investimento pode, deve e terá de ser feito também pelo Governo Regional.

A SAD nunca se escusou às suas responsabilidades e assim continuará, o que, acreditamos, nos legitima para exigir igual postura por parte do Governo Regional.

Afinal, um acordo justo não pode passar pelo investimento de apenas uma parte, tendo esta um direito sobre uma estrutura por um período limitado no tempo.

Vamos ser claros: corremos o sério risco de assumir uma estrutura em más condições, reabilitá-la mediante um enorme esforço financeiro, e depois devolvê-la em boas condições ao erário público.

Mais. Sublinhou Sofia Ribeiro que espera ver este dossiê resolvido a breve trecho. A SAD também. Até porque a consequência terá impactos significativos, com a possível necessidade de deslocar os jogos da equipa profissional para o Continente.»