António Salvador, presidente do SC Braga, foi esta sexta-feira condenado a 15 meses de prisão, pena suspensa por igual período, no âmbito da 'Operação Éter'.

Ainda de acordo com a decisão hoje proferida em sede de julgamento, que teve lugar no Tribunal de São João Novo, no Porto, o SC Braga foi também condenado ao pagamento de um multa de 18 mil euros.

O referido processo, que envolveu 29 arguidos - 21 singulares e 8 entidades coletivas -, diz respeito a vários crimes económicos, entre os quais corrupção, peculato, participação económica em negócio, abuso de poder, falsificação de documento e recebimento indevido de vantagem. Segundo revela a SIC Notícias, em causa estavam «procedimentos de contratação de pessoal e aquisição de bens, a alegada utilização de meios deste organismo público para fins pessoais e o apoio prestado a clubes de futebol, a troco de contrapartidas e favores pessoais a Melchior Moreira [presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal entre 2009 e janeiro de 2019 e que era o principal arguido no processo], que, segundo o Ministério Público, tinha a "ambição de concorrer à presidência da Liga Portuguesa de Futebol Profissional"».

Ainda de acordo com a mesma fonte, o Ministério Público «defendeu também a condenação do presidente do SC Braga, António Salvador, e do ex-presidente do Vitória Sport Club, ambos por falsificação de documento, crime alegadamente cometido nos contratos de publicidade nas camisolas dos clubes, celebrados com a Turismo do Porto e Norte de Portugal, mas defendeu a absolvição de Júlio Mendes de corrupção, uma vez que não houve "um toma lá, dá cá", entre o então presidente do VSC e Melchior Moreira».

Ao que A BOLA apurou, a condenação agora conhecida ao emblema bracarense está relacionada com um contrato de patrocínio pelo qual o SC Braga recebeu 12,5 mil euros, condenação idêntica à do Vitória de Guimarães.

O SC Braga já reagiu à decisão judicial, mostrando-se totalmente inconformado e garantindo que vai recorrer.

Notícia atualizada às 16.30 horas