O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) disse esta segunda-feira que deixa o que "pode considerar-se um legado imenso" e com "conquistas extremamente importantes", na saída da liderança do organismo, ao qual só faltou um Mundial.
"Se olharmos objetivamente para uma federação desportiva que tem como missão conquistar títulos, não há dúvida que ao longo destes 13 anos tivemos um conjunto de conquistas extremamente importantes. (...) Nessa perspetiva, pode considerar-se um legado imenso", notou.
Pouco antes de Portugal jogar ante a Croácia, na Liga das Nações, em Split, o presidente falou aos jornalistas no dia em que, ao que tudo indica, verá o último jogo da seleção principal masculina como presidente da FPF.
O dirigente, que notou os anos como praticante e mais de três décadas no dirigismo desportivo, lembrou as conquistas europeias em sub-17 e sub-16, os títulos mundiais e europeus no futsal e no futebol de praia, destacando, acima destes, o Euro2016 masculino de futebol e a Liga das Nações masculina de 2019, títulos que o país "nunca mais vai esquecer".
"Todos nós ansiávamos poder conquistar, e felizmente, em 2016, tivemos a grande felicidade de o Éder marcar aquele golo [no prolongamento da final, ante a França], e dar-nos a oportunidade de ter o título de campeão europeu", afirmou.
Como "pequena mágoa", notou, a falta de uma vitória no Euro sub-21, com duas finais perdidas, e a título pessoal admitiu que "o que faltou foi a conquista do título mundial".
"Em 2022, tínhamos todos muita esperança que isso pudesse acontecer", confessou o presidente, que sai devido à limitação de mandatos, depois de cumpridos três ciclos na FPF.
Falando em nome de todo o seu executivo, Fernando Gomes, garantiu que todos saem "extremamente satisfeitos, honrados e orgulhosos" do trabalho feito nos últimos 13 anos.
"Estou perfeitamente consciente e tenho uma opinião positiva e favorável à limitação de mandatos. É tempo de outras pessoas poderem ocupar os nossos cargos, com ideias novas poderem, eventualmente, fazerem melhor que nós", refletiu.
Com LUSA