Teresa Portela terminou em 10.º na prova de K1 500 metros dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 e revelou-se satisfeita com a prestação. Contudo, assumiu que tinha nível para estar entre as oito melhores.

«Eu sabia que o meu melhor seria estar na final. Continuo a achar que podia ter passado. Em qualquer semifinal, podia ter feito segundo/terceiro. Este é um nível bastante alto, com muita gente, era a prova com mais atletas, e por isso as semifinais acabaram por ser muito disputadas, porque passavam só as duas primeiras», analisou a canoísta, citada pela Lusa.

«Na final B, tive muitas companheiras de finais ao longo destes anos e foi bom sentir que estava numa prova com atletas talentosas. Poder partilhar essa final B deixou-me muito orgulhosa», frisou.

Terminada a 5.ª participação da portuguesa, destacando-se o 7.º lugar em K1 1000 metros em Tóquio 2020, a portuguesa natural de Esposende deu a entender que seria a última vez que competiria em K1, devido ao desgaste que a disciplina causa.

«Foi um ano muito duro, faço K1 500 desde Pequim2008, são muitos anos, é muito desgastante, uma prova muito dura. Com uma tripulação acaba sempre por haver uma partilha muito diferente, enquanto o K1 é mesmo muito desgastante. Eu queria estar aqui na minha melhor forma e só assim poderia fazer a final e viu-se, eu estava na minha melhor forma e não consegui», explicou Portela que, mesmo assim, não descarta competir no próximo ciclo olímpico.

«O futuro agora depende do projeto da equipa feminina, mas agora quero mesmo é descansar. Eu gostava mesmo era de não voltar a fazer K1 500, nunca fiz um K2 500 em Jogos, mas, por outro lado, estou muito tranquila com o que tenho feito. Se não competir mais, também estou muito tranquila», sublinhou.