«Hoje as minhas emoções andaram numa montanha-russa. Depois daquela azarada qualificação com a bandeira vermelha, sabia que ao sair no 17.º lugar iria tornar a corrida muito difícil. Mas mantivemo-nos afastados dos problemas, calmos, tomámos as decisões certas e é inacreditável ter ganho aqui depois de ter partido tão atrás. Mas todas essas coisas tornaram isto possível», comentou Max Verstappen depois de ter regressado à vitórias no Grande Prémio do Brasil, em São Paulo.
Êxito que o neerlandês tricampeão mundial não concretizava desde o GP de Espanha, 10.ª prova da temporada de 24, e num momento em que faltam três para terminar o campeonato onde já venceu por oito ocasiões e elevou para 62 os triunfos na carreira, assim como para 121 da equipa Red Bull.
Mas, a corrida em Interlagos teve outros dois herós inesperados. Os franceses Esteban Ocon e Pierre Gasly, que colocaram os Alpine na 2.º e 3.ª posição. Sucesso inédito na equipa gaulesa. «Que dia! Depois desta temporada difícil, é tão bom pilotar aqui e a chuva nivelou o desempenho, por isso estou muito feliz», comentou Ocon.
«Simplesmente incrível! Para toda a equipa, depois de uma época tão difícil, a lutar por pontos, mas com dois carros no pódio. Ninguém teria colocado isso no seu cartão de bingo», referiu ainda Gasley.
Apesar da hipótese de lutar pelo título se ter tornado mais difícil, Lando Norris, que foi 6.º, é agora o único a ainda poder travar o tetra de Max. No final o piloto da Ferrari contou que «Foi apenas azar. Por vezes, as coisas correm mal. Não fizemos nada de errado. Não me interessa o que as pessoas dizem. Ficar de fora não era a coisa certa a fazer, não devia ter sido assinalada a bandeira vermelha [naquela altura], mas houve um acidente no final que obrigou a bandeira vermelha. É preciso arriscar. Valeu a pena para eles. Não é talento, é apenas sorte. Um pouco de azar», afirmou Norris.