PARIS – 32 graus e mais de 60 por cento de humidade.
Está impossível para estar, parado, ao sol, na capital francesa.
E repetimos: parado.
Ora, Vasco Vilaça acabara de nadar 1,5km, pedalar 40 e correr 10. Em menos de 1h40! Sob as condições que nos são difíceis de suportar sem nos mexermos.
E nos quilómetros finais, ainda encontrou forças para sprintar em busca do bronze que escapou por 13 segundos. Chegado à meta, o triatleta de 24 anos caiu, abraçou Ricardo Batista que chegou logo a seguir a ele e depois desapareceu.
A explicação causou alguma preocupação: Vasco Vilaça sentira-se mal e foi direto ao centro médico para receber assistência, razão pela qual demorou cerca de uma hora a surgir na zona mista, já totalmente recomposto.
«Acreditei até ao último momento, mas não me estava a sentir a 100 por cento nos últimos cinco quilómetros. Dei tudo para tentar chegar aos dois franceses que estavam a lutar pelo terceiro lugar e para o fazer tive de dar mais do que aquilo que tinha», contextualizou.
A razão da demora foi, então, o facto de o esforço despendido ter feiro a temperatura corporal do atleta disparar.
«Cheguei à meta completamente exausto e a temperatura do corpo, por causa do calor que está, tinha subido até aos 40 graus. E quando assim é, o corpo não consegue fazer descer a temperatura, por isso precisei de alguma ajuda médica para recuperar. Felizmente sou saudável e uma coisa dessas resolve-se em meia-hora», desvalorizou, sorridente.