Na antevisão ao duelo frente ao Manchester United, a contar para a segunda jornada da Fase de Grupos da Europa League, Vítor Bruno, treinador do FC Porto, assegurou que a sua equipa não se vai contentar com um empate. O técnico de 41 anos garantiu, ainda, que, apesar da mais recente derrota dos red devils, o poderio do adversário é incontestável.

A derrota na Noruega como fonte de aprendizagem: «Cada jogo tem a sua especificidade. São adversários diferentes, que oferecem diferentes problemas. Na Noruega cometemos vários erros que não podíamos cometer e corrigimos muita coisa contra o Arouca. Estes jogos de nível europeu têm alto nível de complexidade e obrigam-nos a roçar a perfeição. Quando resolvemos um problema aparece logo outro a seguir, porque é tudo muito intenso. Será um jogo com um alto nível de exigência.»

A corda ao pescoço do United?: «Ouvi muita gente dizer que eles vinham com a corda ao pescoço. Quem tem a corda ao pescoço somos nós, porque estamos atrás do Manchester United no objetivo de chegar à qualificação. Temos a oportunidade amanhã de chegar pelo menos aos lugares de play-off e de seguirmos o nosso caminho.»

Jogo mais acessível?: «Isso seria muito pouco inteligente da nossa parte. É fácil descodificar a equipa do Manchester United e descobrir quem está do lado de lá. Quem quiser contar uma história diferente estar a contar uma narrativa que não corresponde à verdade. É um clube que, se puxarmos a cassete atrás, esteve a minutos de bater aquele que para muitos é o melhor clube do mundo neste momento, o Manchester City, e se isso aconteceria seria um 'super Manchester United'. Isso não se perde de um momento para o outro. Temos de estar muito alertas amanhã e com alto sentido de responsabilidade. Será difícil, mas queremos muito ganhar.»

Bom resultado é sinónimo de três pontos: «Nesta casa não se joga para empates, aqui só se joga para ganhar. São equipas historicamente difíceis, com jogadores de alto nível e vão causar muitos problemas. Temos de estar muito atentos e atacar o jogo com a mentalidade certa.»

Índices de agressividade acrescidos?: «Um ou dois dias após o jogo da Noruega, em partilha no balneário, fizemos um levantamento e há um indicador forte para a intensidade do jogo que é o número de faltas. Percebemos que alguns adversários nossos fazem disso uma força e é por isso que estão tão alto nos Açores, um exemplo disso é o Santa Clara. É um sinal muito forte, os jogos fazem-se de pequenos duelos. Quantos mais ganharmos, mais perto estamos de ganhar o jogo. Isso tem de ser encarado como uma arma forte para todos os jogos.»