Vítor Paneira estava naturalmente satisfeito com o triunfo do Varzim sobre o Boavista, que colocou a equipa da Póvoa na 4.ª eliminatória da Taça de Portugal, mas também assumiu a necessidade de ajudar os seus jogadores a baixar à terra o mais rápido possível.

"Acho que, desde o primeiro momento, fomos a melhor equipa. Não acontece muitas vezes, na Taça às vezes há estas surpresas, mas pedi que fôssemos iguais a nós próprios, não perdêssemos a identidade. Este adversário não é do nosso campeonato. O nosso campeonato é o São João de Ver, temos de nos manter competitivos. Disse aos jogadores que esta era uma boa montra se promoverem e para as pessoas acreditarem quando digo que jogadores do Varzim têm qualidade. Fomos uma equipa com bom ataque organizado e nós controlámos o jogo", disse, em conferência de imprensa.

Vitória moralizadora

"Estas vitórias são sempre moralizadoras contra um grande, é um histórico, é dos campeões em Portugal e tem 5 Taças. Tem grande tradição nesta competição, tem uma massa associativa grande. Foram duas equipas grandes, nós fomos competentes, fizemos um grande jogo e quando há estes jogos é saber desfrutar e aproveitar. Recordando o meu amigo Quinito, nestes jogos atiram-se 11 camisolas para o chão e os primeiros 11 a apanhar jogam. Todos querem jogar. Agora tenho de preparar a equipa mentalmente para o próximo jogo"

Desejo na Taça de Portugal

"Queríamos um grande e tivemos o Boavista, o que é bom. Gostaríamos de receber um grande e de seguir em frente. A Taça é isto. Queremos seguir na Taça e ir o mais longe possível. Há equipas que têm tradição na prova, nós é ir o mais longe possível. Demos um passo em frente. A equipa teve qualidade, identidade no jogo, mostrou competência, identidade, qualidade e desfrutámos do jogo. Tinha pouco para dizer ao intervalo, só disse que sentíamos que podíamos ganhar. Só tínhamos de fazer um golo"

Surpreendido com incapacidade do Boavista?

"O Boavista tem grandes dificuldades, só tem 11 ou 12 jogadores para uma primeira liga. Têm sempre de fazer gestão. Percebo o treinador, tem de se focar no campeonato. Fez alguma gestão e quando as coisa gestão do nosso lado, fica difícil inverter"

Descida à terra

"A minha preocupação é trabalhar a equipa para baixar à terra. Fomos os tomba-gigantes desta eliminatória. Vão chegar os jornalistas, as televisões e eu vou ter que lhes esvaziar o peito e tirar o ar todo. Já lhes disse no final do jogo que já vivi isto e que o mais difícil depois é fazê-los vir à terra. Mas eles vão dar uma grande resposta no sábado. Disseram-me que sim e são de palavra"