Bom ambiente, grande jogo e final eletrizante! O Vitória SC venceu o Famalicão por 2-1, num jogo intenso e recheado de bom futebol. Händel, de armadura de conquistador desde o berço, vestiu a capa de herói em cima da hora e garantiu novo triunfo vitoriano.

Nélson Oliveira fez tudo e ofereceu o golo a Kaio César logo a abrir, ação que o Famalicão fez questão de ripostar. Sorriso bateu Varela e levou tudo empatado para o intervalo. No segundo tempo, ascendente vitoriano mas algum desacerto na finalização, que não impediu os da casa de mudar o marcador. Tomás Händel, ao minuto 90´, fez tremer o D. Afonso Henriques.

Primeira parte de grandes

Na noite de derby no D.Afonso Henriques, foi o Vitória quem entrou com o pé direito. Depois de cinco minutos com um ascendente do Famalicão, ainda que longe da baliza, os da casa não perderam tempo e colocaram-se em vantagem na primeira oportunidade de golo. Nélson Oliveira recebeu no corredor esquerdo, deixou Mihaj para trás - com muita classe, diga-se - e assistiu na perfeição Kaio César. Golo a abrir o apetite para um jogo entre duas das melhores equipas de classe média-alta do futebol português.

Sorriso restabeleceu o empate @Catarina Morais / Kapta +

A intensidade do jogo era tremenda, digna de jogo grande, e o Famalicão não foi abaixo com o golo madrugador sofrido. Na resposta, nove muitos depois, os famalicenses ficaram de Sorriso bem aberto. Depois de algumas disputas aéreas, Mihaj desviou de Borevkovic e Sorriso, no cara a cara com Varela, nivelou as contas para alegria dos seus adeptos, que esgotaram o setor visitante do rival.

Depois de restabelecida a igualdade, o nível do jogo continuou bastante alto, com futebol positivo - de parte a parte - e com um ambiente frenético nas bancadas. Nélson Oliveira, endiabrado, tentou desequilibrar a balança por duas vezes à lei da bomba, mas o poste e Zlobin negaram o golo aquele que foi o elemento mais desconcertante da ofensiva vitoriana. Algumas quezílias tornaram o jogo mais agressivo, o que levou João Gonçalves a puxar do cartão por três ocasiões.

Ficou água na boca para o segundo tempo.

Händel para o resgate!

Os mesmos intervenientes voltaram ao relvado, mas a toada do jogo mudou. O Vitória entrou pressionante e fulgorante, encostando os azuis e brancos às cordas. Tiago Silva atirou, de livre, à barra logo a abrir - remate ainda desviado por Zlobin - e, de seguida, Nélson Oliveira desviou um grande cruzamento de João Mendes, mas a bola passou a centímetros do poste.

Agigantaram-se os Conquistadores, tentando alcançar o adversário na tabela, mas a tarefa parecia hérculea, tal o equilíbrio das duas equipas. O Famalicão, a espaços, conseguia penetrar pela defensiva vimaranense - mais pelo corredor esquerdo - com Moura à profundidade. E foi assim que os forasteiros criaram a melhor oportunidade do segundo tempo, onde Sorriso acabou por chutar o relvado, com tudo para bisar.

O jogo parecia encaminhar-se para um empate, mas eis que apareceu Händel. Nascido e criado no Berço, apareceu a tabelar com Chucho dentro da grande área e, com toda a classe que lhe é inerente, colocou a bola no ângulo para dar a vitória ao seu clube de coração. Final histórico, com um quanto de justiça pela segunda parte positiva dos Conquistadores.