Está confirmada a previsão dos especialistas. O Banco Central Europeu (BCE) reuniu esta quinta-feira em Ljubljana, na Eslovénia, e decidiu avançar com um novo corte nas taxas de juro. Saliente-se que esta é a terceira descida do ano e a segunda descida consecutiva das taxas de juro.

Com a descida de hoje de 25 pontos base nas taxas de juro de referência, as prestações das casas vão continuar a baixar.

A taxa de juro de referência fica agora em 3,4% sendo que, recorde-se, chegou a atingir 4,5% em setembro do ano passado.

O BCE justifica a decisão com a avaliação que faz da desaceleração da inflação. A taxa de inflação na zona euro foi revista em baixa para 1,7% em setembro, divulgou hoje o Eurostat, um abrandamento maior do que o previsto, dado que anteriormente tinha sido divulgada uma estimativa que apontava para 1,8%.

"A informação que tem vindo a ser disponibilizada sobre a inflação indica que o processo desinflacionista está bem encaminhado", refere a instituição em comunicado, sem se comprometer com futuros cortes nas taxas.

Este foi o terceiro corte das taxas de juro deste ano e o segundo consecutivo, após uma primeira descida em junho e uma segunda em setembro.

"O Conselho do BCE não se compromete previamente com uma trajetória de taxas específica", pode ler-se no texto, que indica também que o banco central “continuará a seguir uma abordagem dependente dos dados e reunião a reunião na definição do nível e da duração adequados da restritividade”.

Segundo o BCE, a inflação "deverá subir nos próximos meses, descendo depois para o objetivo [de 2%] no decurso do próximo ano. A inflação interna mantém-se alta, porque os salários ainda estão a aumentar a um ritmo elevado".

"As pressões sobre os custos do trabalho deverão continuar a registar um abrandamento gradual, com os lucros a amortecer parcialmente o impacto dessas pressões na inflação", acrescenta o comunicado divulgado no final da reunião de política monetária que decorreu em Ljubljana, na Eslovénia.

O banco central reafirma que "está determinado a assegurar o retorno atempado da inflação ao seu objetivo de médio prazo de 2%" e que para isso "manterá as taxas de juro diretoras suficientemente restritivas enquanto for necessário".

A evolução das taxas de juro

SIC Notícias