A Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA, na sigla em inglês) reagiu já à decisão de Bruxelas de agravar as tarifas aduaneiras sobre a importação de carros elétricos chineses – votada esta sexta-feira – e reitera o que tem vindo a defender: “o comércio livre e justo é essencial para a criação de uma indústria automóvel europeia globalmente competitiva, enquanto a concorrência saudável impulsiona a inovação e a escolha para os consumidores”.

Aquela associação acrescenta, em comunicado, que o comércio livre e justo “é apenas um aspeto da competitividade global” pois, acrescenta, “para que o sector automóvel europeu seja competitivo na ‘corrida global aos veículos elétricos’, é crucial uma estratégia industrial abrangente, tal como é sublinhado no relatório Draghi”.

Isto envolve, segundo a ACEA, a garantia do acesso a materiais críticos e a energia a preços comportáveis para as empresas, considerando ainda importante que seja estabelecido “um quadro regulamentar consistente” e a “expansão da infraestrutura de carregamento e reabastecimento de hidrogénio”.

A ACEA nota ainda no comunicado emitido esta sexta-feira que aguarda que “o regulamento que impõe as medidas anti-subvenções seja publicado até ao final de Outubro. Reconhecemos também os esforços paralelos em curso de Bruxelas e Pequim para negociar uma possível alternativa aos direitos compensatórios”, embora não especifique que tipo de compensações.