O mercado de TV por subscrição em Portugal continua a crescer, mas a um ritmo mais lento do que nos anos anteriores, aponta um relatório da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) publicado esta sexta-feira.

No final do segundo trimestre, o país registava cerca de 4,6 milhões de assinantes do serviço de distribuição de sinais de TV por subscrição (TVS), o que representa um acréscimo de 86 mil assinantes em relação ao mesmo período do ano passado. Com um aumento de 1,9% este foi o valor mais baixo registado desde o final de 2013.

Os dados mostram que o segmento residencial continua a ser o principal motor deste mercado, com 88,6% do total de assinantes a pertencerem a este segmento. No final do segundo trimestre havia cerca de 4,1 milhões de assinantes residenciais, um aumento de 1,6% (65 mil assinantes) face ao período homólogo. A penetração de TVS no segmento residencial atingiu 96 por 100 famílias.

A maioria dos assinantes opta por subscrever o serviço de TV por subscrição integrado em pacotes, com apenas 1,9% dos acessos TVS a ser comercializados isoladamente (single play).

A fibra ótica (FTTH/B) mantém-se como a tecnologia preferida dos portugueses, representando 65,2% do total de assinantes. No segundo trimestre de 2024, a fibra ótica atingiu três milhões de assinantes, um aumento de 6,3% (ou 179 mil novos assinantes) face ao trimestre homólogo. Este crescimento é o mais baixo desde o surgimento da tecnologia em 2007.

Além da fibra ótica, as outras tecnologias de distribuição de TV por subscrição incluem a TV por cabo, que detém 26,3% dos assinantes, a TV via satélite (DTH) com 6,8%, e o ADSL, que representa apenas 1,7% dos acessos. O crescimento do número de assinantes de fibra ótica não se deve apenas à atração de novos clientes, mas também à migração de utilizadores de outras tecnologias para a fibra ótica, explica a ANACOM.

No segmento não residencial, o número de assinantes totalizou 527 mil, representando 11,4% do total de assinantes e registando um crescimento de 4,1% face ao trimestre homólogo.

Em termos de quota de mercado, a MEO continua a ser o principal prestador de serviços de TV por subscrição, com 41,8% do mercado. Seguem-se o Grupo NOS com 36,2%, a Vodafone com 19,3%, e a NOWO com 2,7%. A MEO e a Vodafone foram os únicos operadores que registaram um aumento nas suas quotas, com crescimentos de 0,4 e 0,3 pontos percentuais, respetivamente. Em contrapartida, o Grupo NOS e a NOWO registaram quedas nas suas quotas de mercado, com diminuições de 0,5 e 0,2 pontos percentuais, respetivamente.

No segmento residencial, a MEO e o Grupo NOS são os líderes, com quotas de 40,1% e 37,4%, respetivamente. No segmento não residencial, a MEO domina com uma quota de 54,7%, destacando-se como o operador preferido das empresas e outras entidades não residenciais.