“Portugal está a ser visto como um destino muito interessante dentro da Europa para investir”, com destaque para o sector do turismo, e “o ano de 2025 pode ser muito interessante para a economia portuguesa”, enfatizou Pedro Reis, ministro da Economia, num almoço~debate promovido pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), que decorreu esta sexta-feira na Pousada de Lisboa.

Falando sobre as prioridades do Governo para o turismo, o ministro da Economia antecipou que “o país vai entrar numa segunda fase”, após ultrapassar as questões assoaciadas à aprovação do Orçamento do Estado para o próximo ano, e os respetivos acordos que lhe estão subjacentes.

Pedro Reis avança previsões no sentido de “uma maior disponibilidade para colocar a agenda do investimento na ordem do dia” em Portugal, coexistindo com questões associadas “às eleições americanas ou conflitos geo-políticos”, e numa altura em que “teremos estabilidade assegurada em pacotes como o PRR, que estarão em fase de cruzeiro”.

“É tempo de nos concentrarmos na atração do investimento”, foi o apelo de Pedro Reis, perante uma plateia de hoteleiros e empresários do sector turístico.

Salários mais altos: o “unico caminho” para atrair talento

O ministro da Economia realçou que o turismo é um sector que “com naturalidade” se liga “ao coração do posicionamento de Portugal" na economia global, ao contrário de outros sectores que só o conseguem “em esforço”.

Destacando que o turismo “é um valor acrescentado nacional”, o ministro deixou claro que o país não se pode posicionar “na corrida dos baixos salários”.

“O único caminho para atração de talento são salários mais altos”, salientou Pedro Reis, sem deixar de enfatizar os desafios que se colocam ao sector ao nível de “sustentabilidade, descarbonização, digitalização” - ou ainda em matéria de “requalificação e de construção de novos destinos”.

“O tema da água envolve a economia portuguesa toda”, exemplificou o ministro da Economia, destacando também que “o turismo tem pela frente um desafio existencial, que é a reação à massificação, não vale a pena assobiar para o lado, temos que pensar nisso em conjunto”.

Pondo a tónica na importância para o país de um “novo aeroporto, e ligações diretas”, Pedro Reis abordou também o tema da habitação, sustentando que se devem começar a “fazer exigências” neste campo aos investidores".