De acordo com o relatório de projeções económicas divulgado hoje, a OCDE melhora em um ponto a estimativa para 2024 face à previsão de maio, e em cinco décimas para o próximo ano.
As explicações para esta revisão em alta do crescimento da maior economia da América do Sul prende-se com a "sólida dinâmica económica" do primeiro semestre, que deverá continuar até final do ano, impulsionada pelo aumento da despesa pública.
Sobre a inflação, o relatório da OCDE aponta que a subida dos preços vai abrandar, passando de uma média de 4,6%, no ano passado, para 4,4% em 2024, quatro décimas acima do previsto em maio, mas ainda assim dentro da margem definida pelo banco central brasileiro.
Juntamente com o México, o Brasil é o único país do grupo do G20 onde a inflação vai continuar a aumentar, contrariando a tendência de redução, principalmente devido à redução dos preços da energia e dos alimentos, depois da subida dos últimos anos, motivada pela invasão da Ucrânia pela Rússia.
No relatório divulgado hoje, a OCDE reviu em alta a previsão de crescimento do PIB mundial de 3,1% para 3,2% em 2024, mantendo a projeção de 3,2% para 2025.
"Prevê-se que o crescimento do PIB mundial estabilize em 3,2% em 2024 e 2025, com mais desinflação, melhoria dos rendimentos reais e uma política monetária menos restritiva em muitas economias a ajudar a sustentar a procura", sinaliza a OCDE no relatório de projeções económicas divulgado hoje.
A evolução da economia varia entre os vários países, ainda que o crescimento tenha "sido relativamente robusto em muitos países do G20, incluindo os Estados Unidos, Brasil, Índia, Indonésia e o Reino Unido", aponta-se ainda no documento.
MBA (MES) // JMC
Lusa/Fim