A empresa de fast fashion Shein detetou dois casos de trabalho infantil entre os seus fornecedores, em 2023, numa altura em que aumentam as auditorias aos fabricantes da China face ao seu modelo de negócio de baixo custo.
Os números são divulgados no relatório anual de sustentabilidade da marca chinesa, citado pela agência Reuters.
No relatório, a empresa adianta que suspendeu os pedidos aos dois fornecedores que empregavam menores de 16 anos.
A retalhista garante ainda que ambos os casos foram “resolvidos rapidamente” e que foram implementadas várias medidas de correção: o fim dos contratos de trabalho dos menores, a organização de exames médicos e a facilitação do repatriamento para os pais ou responsáveis, caso necessário.
Em outubro do ano passado, após detetar os casos de trabalho infantil, a Shein reforçou a sua política de empresa, de modo a que qualquer violação grave resulte no encerramento imediato das operações com o fornecedor. Anteriormente, tinham 30 dias para resolver a questão e só depois é que o contrato era cessado (ou não).
Esta foi a primeira vez que a empresa chinesa divulgou o número de casos de trabalho infantil detetados entre os seus fornecedores. Até aqui, revelava apenas a percentagem de auditorias que encontravam menores no local de trabalho.
Em 2021, esta violação foi detetada em 1,8% das auditorias a fornecedores; uma percentagem que desceu em 2022 para 0,3% e, em 2023, para 0,1%.
No relatório, a Shein assegura que “continuará vigilante” contra este tipo de violações e que irá pôr fim aos contratos com fornecedores que não cumpram as atuais políticas.
A empresa, que cresceu rapidamente online ao vender peças de roupa a baixo custo, esclareceu que foram realizadas 3990 auditorias em 2023, em comparação com as 2812 em 2022, e 664 em 2021 (todas realizadas por empresas externas).