A taxa de inflação homóloga abrandou para 1,9% em agosto, menos 0,6 pontos percentuais do que em julho, segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgada hoje.

"Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá diminuído para 1,9% em agosto de 2024, taxa inferior em 0,6 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior", lê-se no destaque do gabinete de estatística nacional.

A inflação em Portugal voltou assim a ficar abaixo dos 2%, o que já não acontecia desde dezembro de 2023.

Já o indicador de inflação subjacente, que exclui os preços mais voláteis, como produtos alimentares não transformados e energéticos, "terá registado uma variação de 2,4% (taxa igual à do mês precedente)".

O INE indica também que a variação do índice relativo aos produtos energéticos "diminuiu para -1,4% (4,2% no mês anterior), essencialmente devido à conjugação da redução mensal nos preços dos combustíveis e lubrificantes (-2,5%) com o efeito de base associado ao aumento registado em agosto de 2023 (9,3%)".

O índice que mede os preços dos não transformados também abrandou bastante, de 2,8% em julho para 0,8% em agosto, "destacando-se o contributo da fruta fresca para esta desaceleração, parcialmente atribuível ao efeito de base associado ao aumento de 3,9% registado em agosto de 2023 nesta categoria", explica o gabinete de estatística.

Neste destaque é ainda revelado que a variação média nos últimos doze meses foi de 2,3%, o que compara com 2,5% no mês anterior.

Quanto ao Índice Harmonizado de Preços no Consumidor, que permite uma comparação com os restantes países europeus, este terá registado uma variação homóloga de 1,8% (2,7% no mês precedente).