Os resultados definitivos da sessão indicam que o Dow Jones avançou 0,55% e o alargado S&P500 ganhou, ao passo que o tecnológico Nasdaq recuou 0,52%.

O anterior máximo do Dow Jones tinha sido estabelecido há pouco dias, em 30 de agosto.

"O mercado continua tormentoso", comentou Angelo Kourkafas, da Edward Jones, com os investidores já com a atenção na reunião do comité de política monetária da Fed [FOMC, na sigla em Inglês], que começa na terça-feira.

Ao contrário do que é habitual, operadores e economistas não têm uma visão clara sobre a decisão que o FOMC vai divulgar na quarta-feira, divididos entre um corte de um quarto de ponto e meio ponto percentual.

Entretanto, hoje, três senadores democratas - Elizabeth Warren, Sheldon Whitehouse e John Hickenlooper -- escreveram ao presidente da Fed, Jerome Powell, a solicitar um corte da taxa de juro de referência em 75 pontos-base [três quartos de ponto percentual].

Desde 2001, cortou meio ponto por cinco vezes e apenas uma vez eduziu a sua taxa de juro de referência em um curto de ponto.

Os operadores bolsistas atribuem uma probabilidade de 63% ao cenário de corte de meio ponto, o dobro do que se verificava há uma semana.

"O objetivo da inflação [dois por cento] está à vista" e, "se a economia arrefecer, não vai contrair", argumentam os analistas High Frequency Economics, que apostam em um corte de 25 pontos-base, contra os que esperam um corte de meio ponto percentual.

Mas Angelo Kourkafas entende que uma baixa da taxa de juro de referência em apenas 25 pontos-base poderia causar uma reação negativa a curto prazo, apesar de relativizar: "Enquanto a economia evitar a recessão, isso é bom para as ações".

Apesar deste clima volátil, os investidores mantiveram-se no mercado.

"Vimos rotações de investimentos", em particular para os títulos da economia tradicional, o que permitiu ao Dow Jones estabelecer um novo máximo.

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