Michaela DePrince, uma bailarina pioneira, natural da Serra Leoa, morreu aos 29 anos, anunciou a equipa da dançarina numa publicação nas redes sociais.
“É com o coração pesado que tivemos conhecimento da morte da bailarina estrela Michaela Mabinty DePrince, cuja arte tocou inúmeros corações e cujo espírito inspirou tantos outros, deixando uma marca indelével no mundo do ballet e não só”, lê-se na publicação.
O conceituado Boston Ballet também expressou, na rede social Instagram, o “amor e apoio à família de Michaela Mabinty DePrince (...) uma pessoa magnífica, uma bailarina maravilhosa que fará falta a todos nós”.
Michaela DePrince “fez história ao tornar-se a mais jovem bailarina principal do Dance Theatre of Harlem (em Nova Iorque), antes de se mudar para os Países Baixos para dançar no Ballet Nacional Neerlandês e depois impulsionar a carreira no Boston Ballet, regressando aos Estados Unidos, onde as suas actuações continuaram a cativar o público”.
A jovem bailarina foi também uma das protagonistas do documentário “First Position” de Bess Kargman, lançado em 2011.
Em março de 2018, a cantora Madonna anunciou que iria realizar uma longa-metragem baseada na história de Michaela DePrince. O filme, que nunca viu a luz do dia, seria uma adaptação do livro autobiográfico “Taking Flight”, publicado em 2014.
Órfã devido à guerra civil na Serra Leoa (1991-2002), abandonada pelo tio e com vitiligo - doença que provoca a despigmentação da pele - Michaela DePrince foi acolhida por um orfanato no seu país e, aos quatros anos, adotada por um casal americano e levada para os EUA.
Depois de se tornar bailarina profissional, integrou o Joburg Ballet em Joanesburgo, África do Sul, antes de se mudar para os Países Baixos e regressar aos Estados Unidos.
As causas da morte são ainda desconhecidas.
Com Agence France-Presse