O Ministério Público acusou Fernando Valente de matar e esconder Mónica Silva, a grávida de sete meses que desapareceu na Murtosa em outubro do ano passado.
Leia ainda: Grávida da Murtosa: Pais de Mónica Silva prestam depoimento no Tribunal de Estarreja
Segundo o Correio da Manhã, o homem foi formalmente acusado dos crimes de homicídio qualificado, aborto, profanação de cadáver e aquisição de moeda falsa.
De acordo com o Jornal de Notícias, o despacho de acusação, emitido a 4 de novembro, dava conta de que o arguido e a vítima mantinham uma relação íntima “que aquele tentou sempre manter em segredo, fruto da qual aquela engravidou”.
Ainda de acordo com a acusação de Fernando Valente, citada pelo Jornal de Notícias, o arguido “engendrou um plano que incluiu desfazer-se do seu corpo e do feto, eliminar contactos que o relacionassem com aquela e com os vestígios da sua morte, e de desviar de si quaisquer suspeitas de crimes”.
O arguido terá ainda feito pesquisas para saber como eliminar das redes sociais “conversas mantidas com a vítima”. Fernando terá ainda comprado “um cartão SIM pré-pago que passou a usar num telefone antigo e sem ligação à internet”.
Segundo citado pela mesma publicação, “a vítima encontrou-se com o arguido junto da sua residência, e, munida das ecografias da sua gravidez, acompanhou-o, sendo levada até ao seu apartamento na Torreira” e terá sido no local que Fernando, alegadamente, “matou a vítima e o feto que se encontrava a gerar”.
Importa referir que foi em outubro do ano passado que Mónica Silva revelou a Fernando Valente que estava grávida, revelando que ele era o pai. Pouco tempo depois, a mulher desapareceu sem deixar rasto.
Texto: Sofia Mendes Fotos: Redes sociais