Aos 4 anos, Nonô foi diagnosticada com um cancro nos rins agressivo. Pouco tempo depois, aos 5 anos, a doença acabou por vencer. A sua história tornou-se bastante pública, comovendo o país inteiro.
No dia 22 de julho, esta segunda-feira, o pai, Jorge Coutinho, foi ao programa ‘Júlia’, na SIC, para recordar a ‘princesa cor-de-rosa’.
“Foi algo totalmente inesperado. Foi um cancro que surge muito rapidamente, e desde do momento que é diagnosticado é como algo muito grave. É-lhe dado 4 a 6 semanas. É um cenário muito negro“, começa por contar a Júlia.
E revela: “Faz hoje [dia 22 de julho] 10 anos que foi diagnosticada como terminal”.
“Ela tinha como missão de vida inspirar as outras pessoas”
Sempre viu a sua menina como alguém de extrema força: “É aquela notícia que nenhum pai quer ouvir. Mas sempre acreditei, principalmente pela criança que ela era. Ela era fortíssima. Aliás, era ela muitas vezes que me inspirava a ser forte nos dias menos bons”. Embora nunca tivesse largado a esperança, manteve “sempre os pés assentes de que podia acontecer”.
“Eu acredito que ela tinha como missão de vida inspirar as outras pessoas. E cada vez que eu pensava em desistir ou em sofrer eu lembrava-me dela e do exemplo que ela era”, relembra a filha.
O último mês foi o mais difícil. Tentaram de tudo. Até um tratamento experimental na Alemanha, mas que acabou por não resultar. “O último mês de vida foi passado à procura de um milagre que não aconteceu”, confessa.
Contudo, afirma que “há cor depois”, mesmo que até lá haja sombra.