Salvador Sobral, de 34 anos, voltou a estar em Alta Definição, este sábado, 7 de setembro. Sete anos depois da última conversa intimista que teve com Daniel Oliveira, o cantor e compositor fez algumas revelações acerca do ano em que venceu o Festival da Eurovisão e passou por um transplante de coração.

O intérprete português recordou o ano de 2017 e esclareceu como vivia e olhava para a vida quando tinha apenas 27 anos e sofria de uma insuficiência cardíaca grave. Antes de ser transplantado, Salvador Sobral passava por tempos conturbados mas tentava vivê-los em paz.

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“Não era a pessoa mais otimista, era uma doença fatal e havia a possibilidade de não aparecer um coração a tempo, não é? E eu estava bastante em paz com isso, eu fiz um testamento nas notas do telemóvel”, revelou.

O convidado do programa contou a Daniel Oliveira alguns dos pedidos que lá registou. As cinzas deixadas no mediterrâneo, em Maiorca, “porque foi onde comecei a cantar” e a escolha da música para o seu funeral, foram alguns deles. “Tinha as coisas de uma maneira muito fria e muito prática”, assumiu.

Na altura, a “forma cinematográfica” como olhava para a possibilidade de vir a morrer em breve não foi bem recebida pelos familiares e amigos, mas Salvador Sobral estava convencido que poderia ser uma realidade. O artista lembrou que teve “febre sem puder baixar e sem razão aparente”. “Isso é muito grave. É porque o corpo já está em falência”, explicou.

O medo de morrer

Salvador Sobral contou também que o seu “medo de estimação era morrer, basicamente”. O cantor e compositor revelou que agora, que tem uma filha, tem esse receio “mais presente do que na altura”. “Tenho um medo de morrer e desaparecer muito mais forte, muito mais presente, agora que tenho saúde do que quando estava péssimo, porque quando eu estava mal, quando a gente falou, quando foi a Eurovisão, eu só tinha vontade de descansar. Estava muito cansado. Lavar os dentes, cortar o pão…era tudo um sacrifício enorme. Lembro-me que quando fui viver para o hospital era um descanso”, disse.

“E de repente saio do hospital com muita energia, começo a fazer concertos por todo o lado, a jogar futebol, tenho uma filha… Aí é que me apercebo que não quero morrer, quero ficar aqui”, acrescentou ainda.