De acordo com os dados do Registo Oncológico Nacional, este tipo de cancro do pulmão corresponde a cerca de 10-13%(1) e é um tipo de tumor que se multiplica muito rapidamente, sendo muito agressivo.

O estudo, realizado para a PharmaMar, mostra ainda que em cada 10 novos diagnósticos de cancro do pulmão de pequenas células, aproximadamente sete apresentam doença extensa. “Destes, existem 17,6% para os quais atualmente o mercado não oferece uma opção de tratamento válida, pelo que acabam por nem sequer entrar numa primeira linha de tratamento”, avança-se em comunicado.

Os dados, recolhidos a partir dos doentes seguidos em hospitais de norte a sul do País, mostram ainda que quatro em cada dez doentes (40,9%) têm idade inferior a 65 anos e 95% são ou já foram fumadores.

António Araújo, Diretor do Serviço de Oncologia do ULS Santo António, refere que “o prognóstico é sempre muito sombrio, pois mesmo no estadio limitado cerca de 75% dos doentes acabam por progredir”.

Continuando: “Para o estadio extenso, as abordagens terapêuticas são muito escassas, com progressões muito precoces, e quando falamos de segundas e terceiras linhas de tratamento, o panorama é ainda mais sombrio. Por estes motivos, necessitamos de fármacos que venham trazer aumento da sobrevivência e melhor qualidade de vida a estes doentes”.

O cancro do pulmão continua a ser o cancro que mais mata em Portugal e os sintomas mais comuns incluem tosse persistente, dor no peito, falta de ar, tosse com sangue, fadiga, perda de peso sem causa conhecida. Como os primeiros sintomas são ligeiros ou considerados problemas respiratórios comuns, o diagnóstico é tardio.

MJG

Notícia relacionada

Portugal está no “nível zero” na luta contra o cancro do pulmão