São mais de 50 os chefs que rumam a Idanha-a-Nova a partir desta sexta-feira, 26 e até dia 4 de agosto. Com base em produtos oriundos de circuitos curtos agroalimentares, da economia circular e da produção em modo biológico vão preparar pratos únicos e irrepetíveis para servir naquele que é o primeiro e único festival com certificação bio do país. O Arrebita Idanha Bio decorre em Idanha-a-Nova no âmbito da XXIV Feira Raiana, que junta à gastronomia a música: estão previstos 25 concertos espalhados por cinco palcos para animar o evento que acolhe também algumas das personalidades mais importantes a nível mundial na área da sustentabilidade, assegura a organização em comunicado.
No âmbito gastronómico, o destaque vai para os mais de 50 chefs de várias proveniências, entre nomes consagrados, com estrelas Michelin, e novos talentos da cozinha portuguesa, vindos de todo o país. Como desafio têm, de acordo com a organização, “mostrar porque é que a gastronomia portuguesa, e não só, atravessa a sua melhor fase de sempre” apresentando, num registo de alta cozinha informal, propostas criativas e inovadoras, inspiradas na matriz clássica da cozinha nacional, mas também sabores do Perú, do Líbano ou da Ásia, elaboradas a partir de produtos biológicos certificados.
Ljubomir Stanisic (100 Maneiras, Lisboa, 1 estrela Michelin, Lisboa), Marlene Vieira (Marlene, , Lisboa, Garfo de Prata do Guia Boa Cama Boa Mesa), Gil Fernandes (Fortaleza do Guincho, Cascais, Garfo de Ouro e 1 estrela Michelin), Pedro Pena Bastos (Cura, Hotel Ritz, Lisboa, Garfo de Prata e 1 estrela Michelin), Tiago Bonito (Largo do Paço, Amarante, 1 estrela Michelin e Palacete Severo, Porto), Renato Cunha (Ferrugem, Famalicão, Garfo de Prata), Arnaldo Azevedo (Villa Foz, Porto, 1 estrela Michelin), Vincent Farges, (Epur, Lisboa, 1 estrela Michelin), Angélica Salvador, (IN Diferente, Porto), Vitor Adão, (Plano, Lisboa), Lídia Brás, (Stramuntana, Vila Nova de Gaia) são apenas alguns dos nomes de um vasto cartaz que pode conhecer em detalhe no site do Arrebita Idanha Bio.
“Brioche de caranguejo casca mole”, por Pedro Teles; “Porco fumado, desfiado com maionese de berbigão e salada de funcho assado”, criação de Joaquim Saragga Leal; “Hot-dog negro de choco frito, bbq de pimento, lima e coentros”, preparado por David Proença; “Cheeseburger de Queijo da Serra, Alface e Alcaparras Transmontanas”, de Artur Gomes; “Sandes de javali estufado e castanhas fritas”, por Flávio Gonçalves; “Xerém e fígado de tamboril e mexilhão”, por Márcio Silva; "Frozen yogurt, pinho, maracujá e trigo tufado", sobremesa com assinatura de Filipe Manhita e “Pavlova fumada de pêssego” são apenas alguns das dezenas de propostas servidas ao longo de 10 dias.
Nesta Feira Raiana, que reúne o maior número de chefs de sempre, detaca-se ainda a presença de todas as Bio Regiões do mundo inteiro, uma peça artística da autoria do Boom Festival, criada para a ocasião e alusiva ao tema da Feira, e jardins biológicos com centenas de árvores, plantas, arbustos e flores a surpreender os visitantes.
Durante os 10 dias do evento há ainda lugar para palestras a decorrerem nos coinco palcos espalhados pelo recinto: alguns chefs prometem partilhar histórias, experiência e visão com o público, em conversas informais ao final da tarde.
A entrada no Arrebita Idanha Bio, que decorre de segunda a sexta das 18h00 à meia noite e ao sábado e domingo entre as 12h00 e a meia-noite custa €10 e cada prato tem um valor individual de €7.
O festival, criado e organizado pela Amuse Bouche Storytellers, tem também um desafio em mãos: depois da conquista da certificação Bronze, em 2023, “o Arrebita Idanha Bio corre agora atrás da distinção de Ouro e está empenhado nesta conquista, garantindo que 90% dos produtos alimentares usados têm certificação biológica”, refere o comunicado que dá conta do festival gastronómico. Este é o primeiro e único festival em Portugal com certificação biológica, e mantém o objetivo de descentralizar eventos gastronómicos para outras zonas do país que não as principais cidades, promover e dinamizar a gastronomia biológica e democratizá-la, assegurando a acessibilidade dos preços praticados.
