Em resposta aos jornalistas, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, Luís Montenegro afirmou que existe "um plano, uma programação para poder retirar cidadãos portugueses que possam estar lá [no Líbano], de acordo com a evolução da realidade no terreno e também de acordo com a cooperação com outros países parceiros, nomeadamente no âmbito da União Europeia".

"Nós temos estado em contacto, desde há muito tempo, com todos os portugueses que estão identificados e, portanto, de que nós temos registo que estejam naquele território, e temos mecanismos que estão prontos para poder fazer o apoio que é necessário para a sua retirada", reforçou.

O primeiro-ministro referiu que "isso também tem uma componente que é individual, as pessoas têm de tomar a decisão".

"Têm de nos comunicar, e nós temos de enquadrar, seja numa operação que pode acontecer promovida por nós, seja numa operação que também pode acontecer promovida por algum Estado nosso amigo e parceiro, com o qual iremos colaborar, numa perspetiva de naturalmente conjugar os interesses de todos e tirar cidadãos de todas as nacionalidades deste teatro de operações", completou.

Luís Montenegro manifestou "muita preocupação e apreensão" pelo "aumento da escalada de violência" no Líbano e subscreveu "todos os apelos a um esforço adicional de contenção".

Interrogado sobre os portugueses que residem neste país, o primeiro-ministro salientou que as autoridades portuguesas desaconselham deslocações para este e outros "locais de maior conflito" e que o Ministério dos Negócios Estrangeiros emitiu uma recomendação nesse sentido.

"Evidentemente, nós não mandamos na vontade das pessoas, mas emitimos essa recomendação, obviamente, porque temos a plena noção de que hoje é mesmo muitíssimo perigoso viajar para aqueles destinos, nomeadamente para o Líbano e para toda a zona envolvente", acrescentou.

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