No quarto dia de campanha, e depois de uma ação na quarta-feira que se prolongou noite dentro no Porto, João Cotrim de Figueiredo rumou ao Minho, mais concretamente a Caminha, para insistir no voto antecipado, relembrando que as inscrições terminam hoje.

Rodeado de cartazes onde se lia "Voto Antecipado. Último dia para te inscreveres em votoantecipado.pt", o primeiro da lista da IL dirigiu-se diretamente aos eleitores para reforçar a mensagem de que todos aqueles que estejam impossibilitados de votar no dia oficial, dia 09 de junho, devem escolher esta opção de voto antecipado.

Reafirmando que a abstenção é o "grande adversário" da IL, o cabeça de lista às europeias apelou aos eleitores "eventualmente desmotivados" para não desperdiçarem a oportunidade de contribuir para o projeto europeu.

"O projeto europeu vale a pena, vale a pena votar, vale a pena o esforço de inscrição", reforçou João Cotrim de Figueiredo.

O candidato liberal assumiu não querer estar a discutir durante "três ou quatro horas" no dia 09 de junho o nível de abstenção.

O presidente da IL, Rui Rocha, que acompanhava o candidato às europeias, aproveitou o apelo para revelar que vai votar de forma antecipada no dia 02 de junho em Setúbal, distrito onde o partido vai estar nesse dia em campanha.

"João, se me permites, só [quero] dizer que eu já me inscrevi e vou votar no dia 02, em Setúbal. Aquilo que eu quero transmitir hoje às pessoas é que podem fazê-lo em qualquer parte do país".

O voto antecipado em mobilidade, no domingo 02 de junho, é permitido a todos os eleitores recenseados no território nacional, numa mesa de voto à sua escolha, podendo a inscrição ser feita até hoje, adiantou o Ministério da Administração Interna (MAI).

Portugal registou, nas europeias de 2019, a pior taxa de abstenção (68,6%) desde que pertence à União Europeia, em contraciclo com a participação na Europa - cerca de 50%.

Para tentar inverter essa tendência - além do voto antecipado de doentes, presos e no estrangeiro, ou do voto em mobilidade, no domingo anterior (02 de junho) - este ano há uma nova modalidade, só possível por existirem "cadernos eleitorais desmaterializados".

Qualquer eleitor recenseado em Portugal pode votar "sem ser no local onde está recenseado", explicou na segunda-feira à Lusa o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Fernando Anastácio.

"Pode optar sem qualquer condicionalismo de pré-inscrição, por exemplo, vive em Lisboa, está recenseado em Lisboa, mas no dia 09 está no Porto, pode optar por ir a uma mesa de voto qualquer no Porto: apresentar-se na mesa de voto, identificar-se com o seu cartão de cidadão ou com um documento que seja considerado válido para efeitos de identificação e exercer o seu direito de voto", disse.

Em Portugal, as eleições europeias realizam-se em 09 de junho e serão disputadas por 17 partidos e coligações: AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP. Serão eleitos 21 deputados.

SVF (NS/EL) // NS

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