De acordo com os dados provisórios do relatório do Centro de Integração de Dados (CID) divulgado pelo Tribunal Superior de Justiça de Valência, das 218 vítimas mortais registadas até ao momento, 65 estavam dentro de casa e 32 em garagens.

No que se refere a espaços abertos, a maioria dos corpos foi encontrada em ruas (21) e em campos (24).

O número de mortos confirmados nas inundações na região de Valência subiu para 218 no sábado, após ter sido encontrado o corpo de uma mulher sem vida no município de Sedaví, enquanto o número de pessoas desaparecidas foi reduzido para 13, segundo as autoridades espanholas.

Os dados provisórios apurados, que poderão sofrer alguma variação por posterior análise e cruzamento, dão conta ainda de que 10 pessoas morreram em residências, sete em estradas, seis em automóveis, quatro após terem dado entrada com vida no hospital, três em árvores, três em ravinas e três em caves.

A maioria das vítimas mortais do mau tempo em Espanha é da região autónoma da Comunidade Valenciana, no leste.

Na região de Castela La Mancha, numa zona vizinha da Comunidade Valenciana, morreram mais sete pessoas e há ainda uma vítima mortal do temporal na Andaluzia, no sul do país.

Na quinta-feira, a agência de meteorologia de Espanha baixou de vermelho para laranja o alerta de mau tempo para a região de Valência, após uma madrugada de forte chuva.

Novas tempestades obrigaram cerca de três mil pessoas a abandonar as suas casas em Málaga, no sul, além de causarem o encerramento de escolas e o cancelamento de comboios.

A população tem sido afetada pelas inundações causadas por uma tempestade resultante de um fenómeno conhecido como "gota fria" ou DANA (depressão isolada em níveis altos).

O sistema de tempestades que afeta Espanha é causado por ar quente que colide com ar frio estagnado e forma poderosas nuvens de chuva. Especialistas afirmam que os ciclos de secas e inundações estão a aumentar com as alterações climáticas.

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