O ministro da Presidência anunciou que o Governo vai entregar ao Parlamento, até sexta-feira, "toda a informação solicitada pelos partidos" em relação ao Orçamento do Estado.

No final do Conselho de Ministros, António Leitão Amaro insistiu ainda que o Executivo terá uma postura de “negociação e diálogo”.

"Entre hoje e amanhã completa-se a entrega de toda a informação solicitada pelos partidos: enviámos o quadro de políticas invariantes, enviaremos entre hoje e amanhã o quadro plurianual de despesa pública no tempo que foi transmitido desde sempre", disse.

Governo já convocou partidos para segunda ronda de reuniões

Esta quinta-feira, o Governo convocou os partidos com assento parlamentar para uma segunda ronda de reuniões sobre o Orçamento.

Estas reuniões vão acontecer na terça-feira na Assembleia da República.

Do lado do Governo, estarão presentes nas reuniões o ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, e o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, adiantou fonte do executivo à Lusa.

Executivo disponível para negociar IRC e IRS jovem

Leitão Amaro revelou ainda que o Governo está disponível para negociar medidas da oposição e as suas próprias, incluindo IRS jovem e IRC, mas recusou transformar este exercício em "folclore e de discussão tática".

"Naturalmente que é profundamente tentador estar a comentar posições de cada líder ou cada dirigente partidário, mesmo quando elas mudam de semana para semana ou quando elas variam entre o líder e outros dirigentes partidários, é profundamente tentador. Mas a nossa posição não é essa. Não é de transformar isto num folclore de discussão e de tática", afirmou.

O ministro reiterou que o Governo terá abertura para discutir quer medidas da oposição, quer medidas do Executivo, incluindo aquelas sobre as quais foi diretamente questionado: a descida de um terço do IRS para os jovens até 35 anos e a redução gradual do IRC até final da legislatura.

No entanto, deixou um alerta:

"Não deve existir, não pode existir, um orçamento que seja contrário à iniciativa e à visão e ao Programa de Governo. A própria Constituição diz que a proposta de lei tem de ser apresentada pelo Governo para existir essa coerência", frisou.

Com LUSA