O Presidente da República enviou, esta terça-feira, ao Presidente Zelensky e ao povo ucraniano uma mensagem, partilhada em vídeo na página de YouTube da Presidência, que assinala os 1000 dias “da agressão russa”. Também através das redes sociais, o primeiro-ministro assinalou este dia com uma garantia: “Portugal caminha lado a lado convosco”.

“Hoje assinalam-se 1000 dias de corajosa resistência da Ucrânia contra a agressão não provocada e injustificada da Rússia. Portugal continua ao lado da Ucrânia no caminho para a adesão à União Europeia, nas aspirações de adesão à NATO e firme no compromisso de disponibilizar assistência militar e humanitária à Ucrânia. Glória à Ucrânia (Slava Ukraini)!”, lê-se no site da Presidência e diz Marcelo, no vídeo, em inglês.

Entretanto, na rede social X, o primeiro-ministro Luís Montenegro fez uma publicação dirigida diretamente ao Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenky.

“1000 dias de guerra na Ucrânia são mil dias de guerra à democracia, ao humanismo e ao direito internacional. São dias de desafio e solidariedade europeia com o povo ucraniano. Portugal caminha lado a lado convosco”, escreve Montenegro.

Anúncio de Putin marca 1000 dias de guerra

O conflito que espoletou a 24 de fevereiro de 2022 completa esta terça-feira o milésimo dia. Para trás milhares de mortos, feridos e um rastro de destruição. Mas a marcar esta data redonda está uma decisão do Kremlin. Vladimir Putin que desde o início do conflito, há mais de dois anos, tem falado sobre a possível utilização de armas nucleares anunciou, precisamente esta terça-feira, que assinou um decreto que autoriza o uso alargado de armas nucleares.

Recorde-se que no verão de 2023, a Rússia enviou armas nucleares táticas para a Bielorrússia, o seu aliado mais próximo, que também anunciou em maio deste ano um exercício sincronizado com Moscovo para verificar os seus lançadores de armas nucleares táticas.

Mais recentemente, no final de setembro, Putin advertiu que o seu país já poderia usar armas nucleares no caso de um "lançamento massivo" de ataques aéreos contra a Rússia e que qualquer ataque realizado por um país não nuclear, como a Ucrânia, mas apoiado por uma potência com armas atómicas, como os Estados Unidos, poderia ser considerado uma agressão "conjunta", exigindo potencialmente o uso de armas nucleares.