Como resultado da greve na função pública, esta sexta-feira, em Lisboa, há escolas encerradas, consultas e exames cancelados e serviços de atendimento ao público como lojas do cidadão, Finanças e Segurança Social de portas fechadas. No Porto, a paralisação está a afetar, principalmente, a Saúde e a Educação. Em Matosinhos, um agrupamento de escolas fechou por falta de funcionários e mais de mil alunos não tiveram aulas.

Ainda não eram 08:00 e começavam a chegar à EB Pedro de Santarém, em Benfica, os primeiros alunos. Foram esses que acabaram por passar a palavra aos colegas. No portão, um aviso: a escola estava fechada por causa da greve.

Esta é uma sexta-feira sem aulas para milhares de alunos porque os trabalhadores da administração pública estão em greve.

A paralisação, convocada pela Frente Comum contava, contava, às primeiras horas da manhã, com uma enorme adesão.

A greve que afeta também serviços de atendimento ao público. Por todo o país, Lojas de Cidadão, Finanças e Segurança Social não puderam abrir. Nas Finanças de Oeiras o mesmo aviso e portas fechadas.

Para esta tarde está marcada uma manifestação de trabalhadores em frente à Assembleia da República. Da Praça do Marquês de Pombal à Assembleia da República são esperadas milhares de profissionais da função pública.

O objetivo é pressionar o Governo a alterar a proposta para o setor, antes da votação do Orçamento do Estado.

Os trabalhadores exigem aumentos salariais de, pelo menos, 15% com um mínimo de 150 euros por trabalhador a partir de janeiro.

Efeitos da greve no Porto

Os primeiros a chegar à Escola Básica de Matosinhos perceberam logo o motivo da escola estar fechada. À porta foi colocado um aviso a dar conta da greve, que deixou mais de 1.700 alunos sem aulas.

Dos 40 funcionários que trabalham nesta escola, 18 fizeram greve e a escola encerrou por falta de funcionários.

Esta não foi a única a fechar. A greve da função pública levou ao encerramento da Escola Secundária da Maia, da básica da Senhora da Hora e da Godinho.

Educação e saúde foram os setores mais afetados a norte do país, constrangimentos sentidos por muitos utentes.

O aumento dos salários é uma das principais reivindicações dos trabalhadores da função pública.