Os grupos pediram "uma pausa solidária/humanitária para facilitar a passagem de ambulâncias, alimentos, medicamentos e bens de primeira necessidade", tendo em conta que os bloqueios rodoviários, no centro da Bolívia, "geram maiores danos à população em situação de vulnerabilidade", num comunicado conjunto divulgado na terça-feira.
Este pedido está de acordo "com a relatora especial da ONU para os Direitos à Liberdade de Reunião e Associação", Gina Romero, acrescentaram.
No domingo, Romero defendeu na rede social X ser "fundamental estabelecer corredores humanitários para a passagem de ambulâncias e outros veículos de emergência, bem como de alimentos, medicamentos e bens de primeira necessidade".
Os pedidos foram expressos num comunicado sobre a "situação de conflito na Bolívia" emitido por entidades como a Conferência Episcopal Boliviana, a Assembleia Permanente de Direitos Humanos da Bolívia e a Confederação Sindical dos Trabalhadores da Imprensa.
Os apoiantes de Morales declararam um bloqueio rodoviário por tempo indeterminado para exigir que o Governo do Presidente Luis Arce retirasse os processos judiciais por tráfico de seres humanos e violação legal contra o líder do Movimento para o Socialismo (MAS), no poder.
Os setores próximos de Morales consideram que as investigações determinadas pelo Governo fazem parte de uma perseguição política para impedir que o ex-chefe de Estado seja candidato presidencial em 2025.
Entretanto, Evo Morales pediu na terça-feira uma investigação "internacional e independente" sobre uma alegada a tentativa de assassínio de que disse ter sido vítima, no domingo, no centro da Bolívia, algo que o Governo descreveu como encenada.
O Governo afirmou que a comitiva de Morales ignorou uma operação de controlo policial antidroga, acelerou e abriu fogo, ferindo um agente.
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