Brendan McDermid

O ex-Presidente norte-americano Donald Trump foi este sábado alvo de uma tentativa de homicídio, durante um comício em Butler, no Estado da Pensilvânia. As reações a este ataque multiplicam-se, também fora dos Estados Unidos da América.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou "de forma inequívoca" a tentativa de assassínio contra Trump e enviou "votos de rápidas melhoras". Guterres "condena de forma inequívoca este ato de violência política", afirmou, em comunicado, o porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas Stéphane Dujarric.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse estar chocado e afirmou que "violência política" não tem lugar nas democracias. "Estou chocado com a tentativa de assassinato do ex-presidente Trump. Desejo-lhe uma rápida recuperação", afirmou na rede social no X, acrescentando que a "violência política" não pode ser permitida nas democracias.

Os presidentes do Conselho, da Comissão e do Parlamento Europeu, Charles Michel, Ursula von der Leyen e Roberta Metsola, condenaram o atentado. Os líderes europeus consideraram que a violência política "não tem cabimento" e é "absolutamente inaceitável" numa democracia.

"A violência política é absolutamente inaceitável numa democracia. Condeno energicamente o ataque ao ex-Presidente Donald Trump", disse Michel na rede social X.

A chefe do executivo comunitário manifestou-se, por seu lado, "profundamente consternada" com o tiroteio que teve lugar durante a ação de campanha de Trump, a quem desejou "uma rápida recuperação", do ferimento de bala sofrido na orelha direita.

A presidente da eurocâmara mostrou-se "emocionada com o horrível ataque no comício do ex-Presidente, na Pensilvânia". "A violência política é inaceitável e não pode ter lugar nas nossas sociedades. Os meus pensamentos estão com ele e com as vítimas" do atentado, sublinhou Metsola na mesma rede social.

O Presidente chinês, Xi Jinping, expressou "compaixão e simpatia" a Trump. "A China está a acompanhar cuidadosamente a situação relacionada com [a tentativa de] assassinato do ex-presidente Donald Trump", informou a diplomacia chinesa, citada pela agência France-Presse (AFP).

Lideres de países europeus condenam ataque a Donald Trump

O primeiro-ministro Luís Montenegro condenou “veementemente” o ataque contra o ex-Presidente norte-americano. No Twitter, Montenegro desejou um “pronto restabelecimento” ao candidato às eleições de novembro e disse que a violência política é “completamente intolerável”.

Numa mensagem no site oficial da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa condenou o atentando Donald Trump, enviou as condolências à família da vítima mortal e desejou “rápidas melhoras a todos os afetados”. "O Presidente apela a que se combata a violência política com toda a firmeza e em pleno respeito pelos valores democráticos.”

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que o ataque a Donald Trump é injustificável e que espera que a América saia mais forte desta situação. Afirmou estar aliviado por Trump estar em segurança e desejou uma rápida recuperação ao candidato republicano. Deixou ainda condolências à família da vítima mortal que estava a assistir ao comício.

O presidente francês, Emmanuel Macron, manifestou indignação e desejou uma rápida recuperação" a Donald Trump. "Um ativista morreu, vários ficaram feridos. É uma tragédia para as nossas democracias. A França partilha o choque e a indignação do povo americano", escreveu o presidente francês.

A chefe do governo italiano, Giorgia Meloni, expressou também "solidariedade" para com Donald Trump, a quem desejou uma rápida recuperação. Num comunicado citado pela AFP, Meloni manifestou ainda "esperança de que os próximos meses da campanha eleitoral vejam o diálogo e a responsabilidade prevalecerem sobre o ódio e a violência".

Na rede social X, o presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, expressou "forte condenação" e sublinhou que a violência e o ódio "não têm lugar numa democracia". Na publicação, desejou a Trump e aos restantes feridos uma rápida recuperação e manifestou condolências aos familiares da vitima mortal do atentado.

Também na rede social X, o chanceler alemão, Olaf Scholz, classificou como ignóbil a tentativa de assassinato, acrescentando que a violência política constitui uma ameaça à democracia.

O presidente polaco, Andrzej Duda, desejou também uma "rápida recuperação" a Trump, cujos ferimentos desejou, nas suas redes sociais, que "não sejam graves.

Na rede social X, o novo primeiro-ministro dos Países Baixos, Dick Schoof, manifestou-se "consternado" com o ataque, sublinhando que "a violência política é inaceitável".

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, disse estar horrorizado com o tiroteio e considerou chocante este ato de violência. "A violência política, sob qualquer forma, não tem lugar nas nossas sociedades e os meus pensamentos estão com todas as vítimas deste ataque", acrescentou o líder do Reino Unido.

O presidente da Turquia escreveu na rede social X: "Condeno veementemente a tentativa de assassinato do 45.º presidente dos Estados Unidos e candidato presidencial, Donald Trump". Erdogan mostrou-se ainda "confiante de que as investigações sobre o ataque serão realizadas da maneira mais eficaz e que os responsáveis reintegradores serão levados à justiça muito em breve, para não lançar sombra sobre as eleições americanas e a estabilidade global".

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, expressou choque com o tiroteio. "A Sara e eu ficámos chocados com o aparente ataque ao Presidente Trump", escreveu Benjamin Netanyahu na rede social X, referindo-se à mulher. “Rezamos pela sua segurança e rápida recuperação.”

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, defendeu que esta violência política não é aceitável.

Lula e outros líderes sul-americanos condenam ataque a Donald Trump

Já o Presidente do Brasil, Lula da Silva, pediu uma maior condenação a este ataque: "O atentado contra o ex-Presidente Donald Trump deve ser repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política".

O antigo presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, mostrou-se solidário com Donald Trump.

O Presidente da Argentina, Javier Milei, expressou o "mais firme repúdio" pela "tentativa de assassinato" sofrida por Trump. A bala que o atingiu "não é apenas um ataque à democracia, mas a todos nós que defendemos e habitamos o mundo livre", refere num comunicado emitido pelo gabinete presidencial argentino.

Também a Venezuela condenou o sucedido, com o Presidente Nicolás Maduro a desejar "saúde e vida longa" ao candidato republicano às eleições presidenciais norte-americanas, que reconheceu ser um adversário político. "Fomos adversários, mas desejo (...) saúde e vida longa", disse o líder chavista durante um comício no estado de Carabobo, no norte da Venezuela.

Em Assunção, o Governo paraguaio repudiou "eventos como este", que "turvam o processo eleitoral num país com uma longa tradição democrática", e disse esperar "um rápido esclarecimento dos factos". Também o Governo peruano condenou "energicamente os atos de violência perpetrados contra o ex-Presidente" norte-americano."O Peru espera a rápida recuperação do candidato Trump e de outros que possam ter sido feridos", concluiu.

Reações chegaram também do Uruguai, com o Ministério dos Negócios Estrangeiros a condenar "de forma enfática" a "tentativa de assassinato do ex-presidente dos Estados Unidos". "Qualquer ato de violência, e especialmente desta gravidade, é um ataque contra o processo democrático normal", indicou um comunicado divulgado pelo ministério.

Com Lusa