A medalha de ouro de equipas mistas de ténis de mesa foi para a China, mas o momento mais memorável desta prova nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 foi protagonizado juntamente com a Coreia do Sul e Coreia do Norte.

Após a vitória chinesa, contra os norte-coreanos, deu-se o momento de entrega das medalhas e foi nesse momento que um dos atletas sul-coreanos, Lim Jong-hoon, correu em direção aos norte-coreanos já com a prata à volta do pescoço. O resultado foi uma selfie com os atletas norte-coreanos à qual, depois, se juntaram os atletas chineses.

Deu-se um breve momento de união entre dois países cujas relações se encontram num momento de maior tensão, depois de a Coreia do Norte, que possui armas nucleares, declarar a Coreia do Sul como principal inimiga e após um período de mais de 70 anos de disputas, marcada pela separação dos dois países, que começou em 1945 e pela guerra entre os dois países (1950-1953).

Em Tóquio 2020, foi discutida a possibilidade de atletas destes dois países se juntarem para uma equipa coreana unificada, mas as relações desportivas azedaram.

Seria uma repetição do que aconteceu para os Jogos Olímpicos de Inverno em PyeongChang, quando a equipa feminina de hóquei em gelo foi composta por atletas da Coreia do Sul e da Coreia do Norte. E nesse mesmo ano, os desportistas de cada uma destas nações participou na cerimónia de abertura de forma conjunta.

Este ano, por contraste, um erro do Comité Olímpico Internacional (COI) causou polémica no evento de inauguração de Paris 2024, porque, no desfile pelo rio Sena, a comitiva sul-coreana foi apresentada como República da Coreia do Norte, suscitando um pedido de desculpas do COI à Coreia do Sul.