Quem não viu o jogo pode achar estranho olhar para a ficha de jogo e perceber que só houve dois cartões amarelos. E que eles surgiram nos últimos oito minutos.
Mas não há aqui nada de estranho. Porque para haver cartões amarelos, era preciso ter havido luta. Duelos. Intensidade. Mas nada disso se viu em campo entre duas equipas que chegavam a esta 11.ª jornada empatadas na classificação.
Afinal, se se está tão bem assim, para quê mudar? Deve ter sido algo desse género que pensaram Estoril e Aves SAD. Ou pelo menos foi isso que passaram para quem assistiu ao confronto. Houve mais receio de perder do que vontade de ganhar e isso resultou num jogo pobre, pobre, pobre!
Oportunidades, se quisermos ser muito positivos, contamos uma para cada equipa. Mas se Marqués não teve arte para rematar e preferiu simular uma falta inexistente, Rodrigo Ribeiro viu Robles fazer uma bela defesa, num dos poucos lances em que o avançado não foi apanhado fora de jogo.
E o Aves SAD até teve dois golos anulados. Ambos por fora de jogo - lá está! -, mas foram os dois tão claros que nem deu para haver aquela emoção de ficar à espera que o VAR revertesse a decisão.
Emoções fortes no jogo, só mesmo a preocupação quando Kiki perdeu o sentidos perto do intervalo após choque com Fabrício. O lateral avense saiu de maca, sob aplausos de todos.
E se dissermos que esse é o único momento que merece aplauso neste jogo, não estaremos nada longe da verdade.