ATP Finals, um torneio disputado no final de cada época desportiva e que conta com os oito melhores tenistas da temporada.
Este último torneio do ano tem uma particularidade que é raríssima no Ténis, o formato não é a eliminar. Os oito tenistas são divididos em dois grupos e defrontam-se entre eles fazendo três jogos, no mínimo, cada um. Os dois melhores passam à próxima e desejada fase, as meias-finais, e de seguida à final para consagrar o campeão.
O torneio joga-se em piso duro ou rápido como queiram chamar, e é considerado a seguir aos cinco Grand Slam, a competição mais importante da época.
Este ano, disputa-se em Itália, mais precisamente em Turim, e conta com nomes como Jannik Sinner, Alexander Zverev Carlos Alcaraz, Daniil Medvedev, Taylor Fritz, Casper Ruud, Alex De Minaur e Andrey Rublev.
O atual bicampeão da competição, Novak Djokovic, é o tenista com mais títulos conquistados neste torneio. Quem mais podia ser. Na edição de 2023, derrotou o atual número um do ranking mundial, Jannik Sinner, na final com um duplo de 6-3. Esta semana, o sérvio anunciou via Instagram que não iria participar na edição deste ano, devido a uma lesão que não foi especificada.
Um elenco de tenistas diferentes do que estamos habituados a assistir visto que é a primeira vez deste 2001 que não está presente nenhum dos três maiores tenistas da história do Ténis. Claramente estou a falar de Rafael Nadal, Roger Federer e Novak Djokovic.
Por falar no italiano, que joga em “casa”, foi recebido em festa depois de viajar para o país onde nasceu. Sinner tenta vencer as primeiras ATP Finals, sendo que para mim é o tenista mais em forma e capaz de o fazer.
Apesar da controvérsia sobre o caso de doping, o ano de Jannik foi categórico. O tenista soma 65 vitórias em 2024, apenas ultrapassado recentemente por Zverev (66), e apenas (!) seis derrotas. Sinner venceu dois dos quatro Grand Slam (Open da Austrália e US Open), três Masters 1000 (Miami, Cincinnati e mais recentemente, Xangai) e dois ATP 500, em Roterdão, no início do ano, e em Halle.
É impossível falar de Jannik Sinner sem falar de Carlos Alcaraz. A nova geração do Ténis está à nossa frente e já não existe maneira de negar. Se há uns anos pensava-se que Zverev, Tsitsipas e Medvedev iam substituir o “Big Three”, neste momento o italiano e o espanhol já se encontram num patamar acima. E que duelos intensos que ambos protagonizaram este ano.
Se há alguém que consegue vencer Jannik Sinner é nada mais nada menos que Carlos Alcaraz, visto que das seis derrotas do italiano, esta temporada, três foram contra o tenista de Múrcia.
Alcaraz é, na minha opinião, outro grande favorito a conquistar as ATP Finals. Esta temporada conta com 56 vitórias, e 11 derrotas. Se dois dos quatro Grand Slam foram de Sinner, os restantes só podiam ser da responsabilidade do espanhol.
Com o seu jogo atlético e sempre com grandes pontos cheios de magia, o tenista de Múrcia conquistou Roland Garros e Wimbledon, vencendo também o Masters 1000 em Indian Wells e o ATP 500 de Pequim, na China.
Alexander Zverev, Daniil Medvedev, Taylor Fritz, Casper Ruud, Alex De Minaur e Andrey Rublev, são os restantes atletas em prova.
Desse grupo só deposito esperança no Alexander Zverev, atual número dois do mundo, que tem o recorde de vitórias desta época (66). O tenista alemão vem de uma grande conquista no Masters 1000 de Paris, após ter esmagado Ugo Humbert na final pelo duplo parcial de 6-2. Chega motivado e à procura das terceiras ATP Finals, depois de já ter conquistado a competição em 2018 e mais recentemente em 2021. Será certamente um osso duro de roer.
Jannik Sinner e Carlos Alcaraz não se vão defrontar, pelo menos para já, nas ATP Finals. Os tenistas ficaram em grupos separados. O número um do mundo, Sinner, está no grupo Ilie Nastase, juntamente com Daniil Medvedev, Taylor Fritz e Alex De Minaur.
No grupo John Newcombe, o espanhol vai defrontar, Alexander Zverev, atual número dois do mundo, Casper Ruud e Andrey Rublev.
Grigor Dimitrov, Stefanos Tsitsipas, Tommy Paul e Holger Rune são alguns dos nomes mais sonantes a ficar de fora da competição, embora os primeiros dois estejam prontos para competir caso haja algum imprevisto.
Uma coisa é certa: teremos novo campeão dia 17 de novembro.