O Sp. Braga iniciou a participação na Taça de Portugal no terreno do 1.º Dezembro, sétimo classificado da Liga 3 (Série B). Na antevisão ao duelo deste sábado (17H30), Carlos Carvalhal pede "atitude competitiva", diz que "não há rebuçados para ninguém" e aproveitou para deixar um aviso a André Horta. 

É especial voltar a liderar o Sp. Braga na Taça? "É sempre especial. O clube tem três Taças, contribuímos com uma e assumimos a nossa responsabilidade. Vamos iniciar uma caminhada, ir passo a passo. Na final com o Leixões, tal como no Sp. Braga, o passo mais difícil foi o primeiro jogo com equipas de escalões inferiores".

Que adversário espera? Regresso à competição. "Temos muito respeito, mas corresponde à ambição que temos para este jogo. Sabemos tudo sobre o adversário. Tem um treinador com ideias positivas, gosta de discutir o jogo, conhecemos. A identificação é completa, como se tivéssemos a jogar com a Roma. É uma equipa que joga bem, tem uma filosofia de jogo positiva e temos de estar ao melhor nível para vencermos. Temos o máximo respeito pelo adversário".  

Espera melhorias? "Espero melhorias, claro. Deu tempo para treinar alguns aspetos, deu para trabalhar as dinâmicas da equipa, mas mais importante é ganhar.  O tema desta semana foi ter atitude competitiva. Vamos com tudo, apresentar o melhor onze do momento para atacar o jogo e levá-lo muito a sério".

João Moutinho e Zalazar de regresso? "Vão ser convocados. Já em relação ao Paulo [Oliveira] vou ter de falar com o departamento médico".

A equipa está agora em ponto de rebuçado? "Tenho de ter mais jogos para aferir isso, talvez mais dois ou três jogos. Mas, tem-se notado evolução, com um ou outro hiato. Vamos prosseguir o nosso trabalho muito difícil, o fácil seria apanhar a equipa em fim de linha, mas a responsabilidade de ganhar é sempre a mesma e a expectativa também porque a exigência é sempre a mesma aqui, sobra a responsabilidade para a equipa técnica. A equipa tem competência e está a melhorar".

O jogo com o Olympiacos deixou-o desiludido com a equipa? "Já falei sobre isto e não quero estar sempre a repetir-me, mas o Sp. Braga está numa mudança de ciclo, com muitos jovens na equipa, mas obviamente que são dores de crescimento. Fizemos um jogo muito bom o Rio Ave [vitória por 4-0], depois um jogo muito mau com o Olympiacos e, três dias depois, um jogo bom no Dragão. Na Grécia foi de facto um jogo muito mau, talvez também por situações de índole pessoal, que têm que ser trabalhadas, alguma imaturidade também. São as dores de crescimento, mas a equipa vai evoluir".  

Ciclo de jogos que aí vem pode proporcionar poupanças? "Não há poupança nenhuma. Há alguns jogadores em risco, sim, mas estamos em sintonia com o departamento médico. Não há rebuçados para ninguém, é para dar ao pedal e é para quem merece jogar. A Taça não é uma situação de oportunidades, mas de muita seriedade. Vamos apresentar os melhores. É possível que se veja o Zalazar e o Moutinho dentro de campo, em simultâneo ou não logo se verá. São mais-valias, internacionais, acrescentam qualidade e precisamos de puxar por eles, mas em função do que fizeram nas últimas semanas. Mas, não há rebuçados e vamos com tudo".  

André Horta titular na Grécia e fora dos convocados no Dragão…: "É uma boa pergunta com resposta óbvia. Podia ter deixado de fora, mas foi convocado porque a nossa confiança é a mesma. Estes momentos são necessários para uma reflexão: bater no fundo para regressarmos mais fortes. Teve um dia mau [Na Grécia], não estava a ter semanas boas, mas não está castigado ao ponto de estar fora da equipa. Quando tiver uma oportunidade, que venha um André renovado. Se assim não for, dificilmente tem hipóteses de ser convocado ou jogar".