O Rio Ave defronta este sábado o Atlético (14h), com a ambição de chegar longe na Taça de Portugal. A equipa da Liga 3 é o primeiro obstáculo num caminho que Luís Freire espera que seja longo nesta competição.

"Todos nós sonhamos em alcançar mais e o nosso desejo é sempre o máximo possível. Todas as equipas na Taça de Portugal sonham em chegar longe, em ter um dia de festa diferente, e em conseguir algo memorável. Assim, somos um clube como os outros, e queremos sonhar com isso e alimentar essa esperança ao máximo. Sabemos que a Taça de Portugal é uma grande oportunidade para todas as equipas, não apenas para as de divisões secundárias. Mesmo as equipas da 1ª Liga têm que sonhar e aspirar a fazer história. O envolvimento de jogadores, treinadores e clubes é fundamental nesta competição. Recentemente, recordou-se uma equipa que chegou à final da Taça de Portugal há 40 anos. Queremos também ser parte dessa história e ambicionamos claramente isso. No entanto, precisamos de focar no presente, no jogo de amanhã, que é o nosso primeiro jogo da competição a eliminar."

Que adversário espera encontrar? "A Taça de Portugal oferece oportunidades iguais a todos. Vamos enfrentar um adversário que, neste caso, é da Liga 3, mas que está em 2º lugar e conta com seis vitórias consecutivas. Isso não é por acaso. Eles vão lutar pela subida à 2ª Liga e têm jogadores experientes que conheço, como o guarda-redes Luís Ribeiro, o lateral-esquerdo Dinamite, e o lateral-direito Tito Júnior. Também têm dois avançados, Barandas e Elias Franco, que são muito rápidos e dinâmicos no contra-ataque. Tivemos a oportunidade de observar alguns dos jogos deles, e sabemos que será um jogo fora de casa, com um público expectante. Temos que estar no nosso máximo, pois, como disse, o nosso objetivo é sonhar mais alto. Já estive em contextos onde muitos achavam que era impossível alcançar determinados objetivos, e em diversas equipas conseguimos, mesmo contra todas as probabilidades. Portanto, amanhã é o nosso primeiro passo e é obrigatório darmos o máximo para vencer uma equipa difícil, como todas são nesta competição."

Sente que a responsabilidade é toda do Rio Ave por estar num escalão superior? "Temos consciência da responsabilidade que temos. Nos últimos anos, conseguimos evitar saídas precoces, mas a Taça é sempre uma competição equilibrada, onde a emoção e a paixão estão sempre em jogo. Recordo que eliminámos o Boavista em casa, quando estávamos na 2ª Liga, com um resultado expressivo de 4-0. Esses jogos são oportunidades para todos se mostrarem, e quero que os meus jogadores sintam essa necessidade. É fundamental para conseguirmos passar à próxima fase e continuar a alimentar este sonho. São seis jogos até ao palco onde todas as equipas desejam estar. Este é o primeiro, e temos de dar tudo para avançar. A responsabilidade é nossa, mas sei que estes jogos são sempre equilibrados, especialmente pela motivação que o adversário traz. Quero que os meus jogadores sintam que já existem vencedores da Taça que estiveram na nossa posição e que o grupo tem grande vontade de avançar na competição. Depois, claro, vêm os sorteios e várias outras questões que não conseguimos controlar. Mas o que podemos controlar é o nosso empenho para conseguir passar e proporcionar alegria a todos, especialmente aos nossos adeptos."

Vai mexer na equipa? "Tudo é possível. Posso dizer que o Miszta vai jogar e vamos apresentar uma equipa forte. Durante este período, testámos várias soluções e planos de jogo. No último jogo, apresentámos diferentes estratégias e temos capacidade para mudar durante a partida, se necessário. O tempo que temos para preparar a equipa é importante para transmitir diferentes abordagens aos jogadores. Assim, a garantia que deixo é que o Miszta vai jogar, a menos que ocorra algo extraordinário até à hora do jogo."