No rescaldo do triunfo caseiro do SC Braga sobre o Maccabi Tel Aviv (2-1), Carlos Carvalhal mostrou-se claramente satisfeito com o resultado. Além da postura dos seus jogadores na busca de reverter o resultado, o treinador arsenalista reconheceu os problemas causados pelos israelitas.

Análise ao jogo: «Foi uma vitória no meu jogo 800. A vida de todos os treinadores é de sofrimento. Foi na raça! Determinação dos jogadores, muita vontade de conseguir a vitória e isso acho que foi notório. Um início mais ou menos, tivemos algumas dificuldades em pressionar o adversário. Quando pressionámos abrimos um pouco e a equipa adversária acelerou por dentro e criou-nos ali um ou dois problemas.

O deles o golo, numa situação que treinámos muito para que não tivesse acontecido e aconteceu. Era previsível que eles pudessem jogar assim. Nos últimos 15/20 minutos da primeira parte já encostámos o adversário atrás e a segunda parte foi quase de sentido único, tirando uma situação ou outra normal por estarmos muito balanceados para a frente. Arriscámos aquilo que podíamos arriscar, o João [Ferreira] é um lateral/central. O Roger a fazer de defesa esquerdo, o Victor [Gómez] a fazer o corredor, estávamos praticamente só com dois defesas.

Jogadores assumiram o risco: «Arriscámos tudo e acabámos por ter a felicidade na parte final. Temos de dizer que tivemos felicidade, mas foi uma felicidade procurada. Os nossos jogadores foram estoicos, com vontade de reverter as coisas e conseguimos.»

Ansiedade?: «Já nos aconteceu com o Nacional. Quando temos situações claras de golo, não foram tão poucas. Além das do poste, houve várias. Uma equipa que quer ganhar muito, em casa e não consegue marcar, é normal que apareça alguma descrença., mas quando se chega ao golo tudo abre e parece que funciona melhor.»

Substituições ao intervalo: «O Roger e o Ismael têm 19 ou 20 anos, não é problema mexer, confiamos em todos. Lamento ausências, mas mais pela sequência de jogos. Temos o Vítor Carvalho e não o Zalazar e o Moutinho, carrega muito em três jogadores. Ficamos ali reduzidos nas opções.

São limitações que temos no início. Ainda bem que entrámos a vencer, que entrámos na Liga Europa, com as opções todas será mais tranquilo e até lá vamos sofrer um bocadinho. Saíram os que valiam 40 e tal golos e os que entraram precisam de adaptação, vinham da segunda de Espanha, de França... Quando chegámos também ninguém conhecia Al Musrati, Roger, Vitinha, e no final estavam supervalorizados. Vai acontecer o mesmo, há um trajeto, mas não é fácil. A vida não tem sido fácil para mim. Vamos meter a carne toda no assador, como dizia o Quinito.»