O piloto monegasco Charles Leclerc (Ferrari) venceu este domingo o Grande Prémio de Itália de Fórmula 1, 16.ª ronda da temporada e deu uma alegria a cerca de 80 mil adeptos da escuderia do Cavallino Rampante.

Leclerc, que apostou em fazer apenas uma paragem nas boxes, contra as duas dos restantes adversários, completou as 53 voltas em 1:14.40,727 horas, batendo o australiano Oscar Piastri (McLaren) por 2,664 segundos, com o britânico Lando Norris (McLaren) em terceiro, a 6,153 segundos.

"É incrível. Pensei que da segunda vez não seria tão especial como na primeira, mas foi como em 2019. Estas são as duas corridas mais importantes da temporada e consegui vencê-las", exultou Leclerc, que somou hoje o segundo triunfo da temporada, depois de já ter ganho o GP do Mónaco, em maio.

Esta foi a sexta vitória da carreira do monegasco, segundo em Itália, onde já vencera em 2019.

Bernadett Szabo

A estratégia apanhou os adversários desprevenidos, pois o piloto da Ferrari, que partiu do quarto lugar da grelha, parou logo na volta 15, conseguindo poupar o segundo jogo de pneus até final.

"Dói, não vou mentir. Havia muitas incógnitas antes da corrida. Uma só paragem era muito arriscado, mas, afinal, mostrou ser o melhor. Hoje escolhemos mal e tive um papel importante nisso", lamentou Oscar Piastri, que falhou a segunda vitória da carreira.

O australiano ainda fez um ataque nas últimas voltas, recuperando nove dos 11 segundos que tinha de atraso para Leclerc nas últimas nove voltas, mas o esforço foi insuficiente para desafiar a estratégia da Ferrari.

Os dois McLaren pareciam ser os favoritos à partida. Lando Norris, que largou da 'pole position', aguentou a liderança, mas viu o companheiro de equipa atacar logo na primeira variante, apesar de ser o britânico quem está em melhor posição para desafiar o neerlandês Max Verstappen (Red Bull) na luta pelo título mundial.

"Se tivesse travado um metro mais tarde, tínhamos chocado. Com as limitações que tínhamos, foi o resultado possível. O Oscar fez um bom trabalho, passou-me, mereceu", frisou Lando Norris.

Num dia em que Max Verstappen sentiu muitas dificuldades com o equilíbrio do seu monolugar e em que ainda perdeu segundos preciosos com um problema na primeira paragem nas boxes, a McLaren não conseguiu capitalizar a superioridade evidenciada no resto do fim de semana.

O neerlandês foi sexto classificado, a mais de 37 segundos do vencedor e a 15 do quinto classificado, o britânico Lewis Hamilton (Mercedes).

Desta forma, o terceiro lugar de Lando Norris, que ainda somou um ponto extra por ter feito a volta da corrida, permitiu ao britânico recuperar apenas oito pontos no campeonato.

Assim, Verstappen mantém o comando, com 303 pontos, mais 62 do que Norris, que tem 241.

Ao rubro está o Mundial de Construtores, com a Red Bull a segurar a liderança por oito pontos. Tem 446 contra os 438 da McLaren, que é segunda, enquanto a Ferrari é terceira, com 407.

A próxima ronda será dentro de duas semanas, no Azerbaijão.

Com Lusa