Bruno Lage diz que ainda não fez «nada de especial», mas certo é que, com quatro vitórias em quatro jogos desde o regresso, o treinador pode colher os louros pela crescente estabilidade em torno da equipa.

Desta vez, o Benfica conquistou os três pontos na receção ao Gil Vicente. A formação de Barcelos até marcou primeiro, neste duelo da sétima jornada da Liga Portugal, mas o cantar do galo serviu de despertador para os da casa, que não demoraram a virar o rumo dos acontecimentos. No fim, o marcador mostrava um confortável 5-1.

Reviravolta veloz

Foi logo no seu primeiro lance ofensivo que o Gil Vicente conseguiu chegar à vantagem na Luz, graças ao perfeito entendimento de duas das suas principais figuras. Fujimoto destacou-se com um inteligentíssimo passe para o interior da área e Félix Correia, na cara de Trubin, não desperdiçou.

Na sua antevisão, Bruno Pinheiro tinha dito que precisaria de fazer «um jogo perfeito» para bater o Benfica. Ora, apesar do bom arranque, com um golo e com belos desenhos coletivos na construção, a verdade é que essa perfeição caiu cedo... Alívio para Lage, que recolheu ao balneário num contexto bem mais favorável.

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Aos 17 minutos, a águia já empatava. Foi Otamendi, no seu jogo 200 na Liga Portuguesa, a marcar de cabeça após um canto cobrado exemplarmente pelo outro argentino - Di María. Oito minutos depois, o marcador virou por completo, com mais uma cabeçada certeira. Foi Kerem Aktürkoglu que, armado com a sua varinha mágica, celebrou o terceiro golo em quatro jogos pelo novo clube.

A partir daí, o jogo arrefeceu um pouco. Mais bola para os da casa, sem surpresas, com o volume de ocasiões de golo a decrescer. Houve uma tentativa de bis por parte de Aktürkoglu, após um erro de Castillo, além de um trio de investidas promissoras da equipa de Barcelos, mas nenhum trabalho para os guarda-redes.

Ainda deu goleada

Os processos simples que levaram o Benfica à reviravolta tornaram-se norma na segunda parte, com a equipa encarnada a procurar chegar ao último terço da forma mais veloz possível. Isso gerou oportunidades para Aktürkoglu, Tomás Araújo - ambas negadas por Andrew em esforço - e também para Arthur Cabral, que três minutos depois de entrar ameaçou marcar pela segunda jornada em sucessão.

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Quem também entrou no decorrer da segunda parte foi Zeki Amdouni, que depois de muita insistência conseguiu, ao quarto jogo, marcar o primeiro golo de águia ao peito. Após passe de Rollheiser, o atacante suíço armou um remate forte e rasteiro que se aninhou no canto inferior direito da baliza adversária.

Os minutos finais mostraram uma versão ligeiramente mais partida do jogo. O caminho para as balizas estava mais vincado, e por isso surgiram chances flagrantes de ambos os lados. Carreras ameaçou dilatar, Aguirre tentou reduzir, mas a noite (caso restassem dúvidas) era mesmo do Benfica... Florentino Luís, que já tinha marcado no primeiro jogo de Lage, fez o quarto, e ainda houve tempo para que Rollheiser aproveitasse um erro de Andrew e firmasse o quinto. Tudo resolvido.