Temos líder isolado na tabela da Primeira Liga! O jogo grande da quarta jornada foi entre Sporting e FC Porto, duas equipas que ainda só conheciam o sabor da vitória nesta competição, e terminou com rasgados sorrisos da equipa da casa...

Estilo Supertaça... com pior finalização

Menos azul, mais verde - tudo normal, sendo o habitat do leão - e um emocionante festival com as recém-instaladas luzes e instrumentos pirotécnicos. Só mesmo essa moldura de Alvalade poderia impedir os adeptos de confundir o jogo deste sábado com o do início do mês, em Aveiro, já que o cenário dentro das quatro linhas foi bastante semelhante.

O FC Porto foi uma vez mais quem entrou com maior rotação, chegando à área adversária por duas vezes nos minutos inaugurais, mas, ao fim de uns minutos, lá cedeu esse posto ao Sporting. Erradicado o nervosismo inicial, os leões acamaram a bola junto ao tapete e circularam-na com intenção até ganharem conforto suficiente para atacar a baliza adversária.

Para bem contar a história do primeiro tempo, basta passar pelo ataque caseiro. Pedro Gonçalves nem sempre foi o mais envolvido, mas mostrou um notável esclarecimento em todas as ações. Viktor Gyökeres muito solicitado e perigoso, forçando Otávio e Zé Pedro a mostrar trabalho. Por fim, Francisco Trincão, o nome que definiu a primeira parte: esteve sempre no sítio certo para visar a baliza, mas, para a frustração caseira, nunca acertou.

Se o último Clássico chegou ao intervalo com um 3-1 no marcador e este manteve o nulo, com um volume de remates e oportunidades semelhantes, então apenas um gesto técnico serviu para distinguir os dois jogos: finalização.

Leão sem travão

Importa ressalvar que a falta de golo não se deve apenas a demérito do Sporting no momento do remate. Houve muito mérito individual do FC Porto na forma como levou todos os lances até ao limite! Zé Pedro provou isso aos 17 minutos, quando travou o remate de trincão em cima da linha, e Alan Varela reforçou a tese aos 52´, fazendo o mesmo a Gyökeres. A ordem divina era que nenhuma bola entrasse!

Mas o ponta de lança do Sporting não desistiu. Aliás, o conceito de desistência nem deve existir na mente do poderoso sueco, que por norma só baixa a cabeça para se agarrar aos joelhos nos momentos de exaustão. Sem conseguir bater Zé Pedro consistentemente, virou-se para o lado de Otávio e arrasou o brasileiro na velocidade, antes de sofrer o penálti que gerou o 1-0. Foi o próprio Gyökeres que converteu, claro.

Vítor Bruno foi ao banco para tentar saldar a dívida de marcador. Lançou o estreante Samu Omorodion, além de João Mário, Eustáquio, Gonçalo Borges e Navarro, mas não conseguiu sequer ameaçar uma inversão do desfecho.