*com Vítor Hugo Monteiro
Já se respira melhor em Oliveira de Azeméis. Após seis jornadas, aqui está a primeira vitória da UD Oliveirense. Os unionistas receberam o Feirense e venceram 1-0. Mateus Raniel vestiu a capa de herói e tirou a equipa da zona de despromoção da Liga II.
Com uma excelente atmosfera no Estádio Carlos Osório, ou não fosse isto um histórico dérbi regional, as duas formações entraram com muita vontade de assumir protagonismo. Ora atacava a equipa da casa, ora os visitantes respondiam logo a seguir. Os de Santa Maria da Feira optaram por executar uma pressão alta, com Steven Petkov a apertar os centrais adversários.
De modo a contrariar esta pressão efetuada numa zona mais central, o emblema de Oliveira de Azeméis procurou explorar melhor os flancos, onde encontrou, por várias vezes, Daniel Candeias. Apesar de já não ter a velocidade de outrem, a bola não chora nos pés do extremo. Tiago Veiga, mais pelo lado esquerdo, também deu bastante profundidade, mas acabou por esbarrar em Diga umas quantas vezes.
O ritmo referido acima persistiu ao longo dos primeiros 45 minutos, mas faltou um pormaior: mais esclarecimento e atrevimento junto das balizas. O 4-2-3-1 da UD Oliveirense e o 4-3-3 do Feirense permitiram que as equipas se encaixassem praticamente na perfeição. Rúben Alves abriu o livro, construiu várias jogadas de interesse, ainda que nenhum colega desse o seguimento que se pedia.
Eficácia que premeia
Finalizado o tempo de descanso, os fogaceiros entraram com sinal mais em relação à oposição, apresentando mais incisão na hora de atacar... mas não marcaram! Leandro Antunes e Steven Petkov apresentaram-se muito desinspirados na manhã deste sábado.
Posto isto, os comandados de Marco Leite acabaram por petiscar: Nuno Namora, num livre ensaiado, passou a bola para Tiago Veiga, o extremo, ligeiramente descaído para a esquerda, rematou e viu Nuno Macedo defender. Mateus Raniel, felino e bem colocado, na recarga, não perdoou e fez o gosto ao pé: eis o primeiro tento caseiro da UD Oliveirense na época 2024/2025.
Vítor Martins, técnico forasteiro, operou três substituições pouco depois do golo sofrido, na esperança de dar um abanão no estado anímico da equipa. O lado oliveirense, a chegar aos dez minutos finais, apresentava muita fadiga, com André Santos e Candeias à cabeça.
O Feirense assumiu as rédeas da partida até ao fim, insistiu, persistiu, mas à imagem de todo o jogo... não aproveitou nada. Vitória para os da casa, que empurram o Paços de Ferreira para a, sempre perigosa, linha de água.